Gratidão

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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Tua Palavra é a verdade. resumo.

O livro A tua Palavra é a verdade tem como base a Palavra de Deus e de modo muito especial o evangelho de João capítulo 17.
Herminsten Maia Pereira Costa, o autor do livro, inicia afirmando que o evangelho não é uma invenção de Jesus, mas o próprio Senhor Jesus é o cumprimento de tudo o que a Palavra de Deus apresentou. Isto é, cumprimento das profecias do Antigo Testamento, pois Ele é o evangelho. Logo a seguir, o livro se preocupa em mostrar quem é Jesus através das Escrituras, mostrando a sua procedência eterna e a autoridade que Ele recebeu.
Costa apresenta em sua obra a realidade bíblica sobre Deus, pois ela revela Deus dizendo quem Ele é. Não apenas isto, o autor vai dizer também que a criação de Deus aponta para Ele dando testemunho do próprio Deus que é o criador. Este Deus criador é ainda revelado através do Filho, Jesus Cristo.
A obra agora se dedica a um tema extremamente relevante, que atinge o atual sistema religioso brasileiro tão acostumado a desfrutar e criar objetos místicos. A Bíblia como livro, não tem poder se não for utilizado. Conforme diz a autor, “A Bíblia fechada não tem poder nenhum, nem mesmo aberta funciona como talismã... Ela precisa ser lida, meditada e praticada. (COSTA, p.41, 2012). Assim, a Bíblia produzirá transformação espiritual. Após esta importante consideração, o livro discorre sobre alguns verbos sinônimos ao verbo guardar. Mas vale destacar ainda a necessidade de receber a Palavra de Deus, pois rejeitá-la é rejeitar o próprio Deus. Considerando o Salmo 119.11 onde a expressão guardar tem o sentido de preservar a mente, o coração, e os nossos atos do pecado.
Uma expressão profunda e pertinente dentro do ponto “negativamente considerando” é que usar o nome de Deus não significa relacionamento com Ele, afinal, quanto mais se conhece, mais profundo é o relacionamento. Embora Deus tenha se revelado até mesmo pela natureza, a revelação só atinge o ápice em sua Palavra. Conhecer Deus é ser conhecido por Ele também. É ter intimidade com Deus e com o seu enviado Jesus Cristo que é o próprio Deus encarnado. Sendo assim, não pode crer em Deus sem crer em seu enviado e sem crer em Cristo não se tem vida eterna. O relacionamento do Pai com o Filho é tão intenso que se por um lado, não tem como crer em um e descrer o outro, não tem como também odiar um sem odiar o outro. Este capítulo terceiro é encerrado com uma reflexão sobre a igreja e o seu sofrimento. A igreja que é um corpo chamado para ser instrumento de transformação e não de acomodação.
O capítulo quarto inicia com a declaração de Jesus afirmando que a Palavra de Deus é a verdade. Isto implica em ser clara e pura e não escondida. Hoje a ideia da verdade é relativa e acredita-se não poder encontrar a verdade absoluta. Esta crença impossibilita e desestimula a busca da verdade. A Escritura por outro lado, nos fala de verdade absoluta. Jesus é verdade e ensina sobre uma verdade. Assim, a Bíblia deve ser usada pelos servos de Deus para que haja crescimento espiritual baseado na verdade bíblica. Infelizmente, há muitos que distorcem a verdade de Deus e ensinam mentiras e vivem na mentira. Esta falsa doutrina é ensinada por pessoas privadas da verdade e grande perigo desta mentira é que ela é extremamente sedutora. Cabe, portanto, a Igreja, a prática do ensino desta verdade que é a Bíblia, pois esta é o padrão mais alto da verdade. Esta Palavra que permanece viva e atuante em nosso meio é a verdade absoluta libertadora. Destaca-se ainda a liberdade para servir, para praticar a justiça, para a santificação e especialmente para vida eterna.
Quanto à santificação, as palavras de Jesus nos ensina que além de ser imperativa, é uma ação poderosa de Deus. Não apenas isto, mas também podemos notar que Jesus está comprometido com a nossa santificação e que por estes, Jesus deu a vida. A santificação como ato divino quando os seus foram separados, mas também, cabe destacar que a santificação é algo contínuo que não terá fim enquanto estamos em vida nesta terra. O grande destaque quanto à santificação é que ela é extremamente importante na perspectiva bíblica e evidentemente divina. A seguir, o autor do livro trabalha a questão da oração como sendo guiada pelo Espírito Santo, sendo a oração, um meio de santificação.
Não se consegue viver em santidade se não combater aquilo que atrapalha o processo de santificação. O autor vem dizer da necessidade de combater o pecado. Deus não pode viver e conviver com o pecado, mas Ele mesmo, em Jesus, perdoa os pecados. Embora haja uma progressão da santificação, não implica em ser alguém melhor que o outro, pois todos são dependentes da Graça de Deus. Afinal, por mais elevada que seja a santidade de um indivíduo ela sempre será inadequada com a perfeição de Deus.
Costa comenta o texto bíblico afirmando que o cerne da oração de João 17.20 é a evangelização. A Igreja anuncia para que os elitos ouçam e creiam em Jesus Cristo. A igreja em ato de culto se manifesta como povo redimido de Deus. A evangelização é o culto da proclamação ou do testemunho que anuncia a Deus. A Igreja é o modo ordinário que Deus estabeleceu para anunciar o evangelho da salvação e esta igreja é identificada e caracterizada pela pregação da Palavra. Algo interessante que Costa desenvolve é a catolicidade da Igreja. Esta é católica no sentido correto da expressão, ou seja, universal. Isto não se limita a uma denominação, mas a todos os crentes servos de Cristo, portanto, dar esta nomenclatura a uma denominação, é reduzir o termo.
Além de todos os preciosos pontos destacados pelo livro, apontando verdades profundas, chegamos à verdade de que a Palavra é que “preserva e regulamenta a unidade da Igreja”. Este ponto se embasa em João 17.20-23.  A unidade espiritual só é possível através das Escrituras. Ao observar a oração de Jesus escrita neste texto, poderá perceber que Ele orou em prol da igreja pedindo a preservação da unidade deste povo. Unidade esta fundamentada na unidade da Trindade divina. Desta forma, não se trata de uma unidade artificial, mas embasada na fé de modo natural em sua sobrenaturalidade.
Uma vez mencionado a expressão do mistério grandioso envolvendo a Trindade, é pertinente destacar que a trindade faz-nos refletir em três realidades: o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito é Deus e os três são um só Deus. Esta doutrina exige de nós, antes de tudo, submissão à verdade das Escrituras.
Quanto à unidade da Igreja, que também é um mistério, só é possível porque Deus a tornou possível. Esta unidade não é algo externo, conforme propõe de modo muito assertivo o autor quando diz: a unidade não é um “simples companheirismo social”, “uniformidade de organização”, “uniformidade de vida” e nem tão pouco “existe em detrimento da verdade”. Este último é muito preciso, pois em nome de uma pseudo unidade valeria a mentira? É claro que não, pois esta não vem do Espírito. Não é cabível sustentar uma unidade que não está de conformidade com a verdade Bíblica. Por outro lado, a unidade é “produzida pelo Espírito” e esta não exclui a diversidade do corpo. A unidade “é em Cristo”, pois foi Jesus quem se ofereceu para garantir a unidade da Igreja. “É uma unidade essencial”, ou seja, não é qualquer um que vai viver unido, mas aqueles que nasceram de novo. Por fim, “é uma unidade de propósito” e este propósito é glorificar a Deus. Ainda que não seja unida nas coisas visíveis ou nas questões organizacional, está unida na glorificação do Deus desta igreja. Desta forma, a Igreja viverá a unidade em todos os pontos essenciais da vida cristã.
Após perceber claramente o que o autor diz sobre unidade da igreja, chegamos às últimas páginas e a preocupação é quanto ao aprendizado e desenvolvimento da comunidade de fé dentro desta unidade. É necessário haver uma unidade de serviço e para isto, deve-se investir no aperfeiçoamento dos santos. Existem os dons e os talentos e dentro desta variedade e diversidade, trabalhar em benefício da unidade de serviço e do desenvolvimento do corpo de Cristo que é a Igreja, afinal, somos responsáveis também pela manutenção desta unidade. Assim, tudo que não estiver em conformidade com a verdade, precisa ser corrigido em prol da unidade, mas lembrando de que tudo isto vem do Espírito Santo de Deus. Além de toda esta profunda verdade e necessidade, pela unidade da Igreja, o evangelho de Cristo e a unidade divina é anunciado e proclamado.



COSTA, Hermisnten Maia Pereira. A tua palavra é a verdade. Brasília: Editora Monergismo, 2012.

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