Gratidão

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terça-feira, 20 de maio de 2014

O Habitat Humano: o paraíso perdido.

CAMPOS, Heber Carlos de. O Habitat humano: o paraíso perdido. São Paulo: Hagnos, 2012.

O autor com base especialmente nos primeiros capítulo da Bíblia, aprofunda aspectos relacionados ao paraíso perdido que é apresentado em Gênesis conforme originalmente criado por Deus. Existe a preocupação em destacar o homem criado a imagem de Deus. O autor busca mostrar a realidade humana sem pecado e faz uma comparação com a realidade pós-queda mostrando que toda a criação de Deus foi grandemente afetada.
Em relação ao paraíso perdido, a obra trata de aspectos geográficos do Édem e de detalhes do próprio jardim como a realidade a respeito das árvores existentes ali.
Sobre a geografia, destaca-se o aspecto de ter sido o lugar mais fértil da terra, hoje um local extramente seco e com ares desérticos.
Após isto, Campos se dedica a mostrar a abundância de água e aborda sobre a presença dos quatros rios ali bem como trata da riqueza presente no jardim.
Indo mais adiante, Campos mostra que o trabalho era uma realidade presente no jardim e que o mesmo não é fruto do pecado e mostra como era a liberdade do homem antes da queda. Pensando no homem social, a obra gasta um bom tempo para refletir no aspecto relacional do homem. O próprio Deus viu que não era bom o homem viver só. A partir de então, Campos trabalha aspectos do homem, da mulher e de ambos como uma só carne.

Campos também se preocupa em abordar aspectos sobre o culto a Deus, ou seja, verdade sobre a vida espiritual no paraíso.

O pregador contemporâneo e o texto antigo.

A obra de Sidney Greidanus, uma obra que visa mostrar a importância, relevância e autenticidade do texto bíblico. Ainda como o compromisso que se deve ter para que haja uma pregação bíblica, visa o resgate ao texto bíblico e o retorno a ele nas pregações; destaco os seguintes:

1 – Pregação bíblica.

A Bíblia como critério de pregação.
O fato de ser pregada a Bíblia, não garante excelência, por isso, a congregação não deve aceitar cegamente a pregação falada. O apóstolo Paulo usa isto como um ensino dizendo da necessidade de investigar para ver se de fato era assim. Afinal, a simples alegação de que a palavra pregada é a Palavra de Deus, não garante ser. O sermão precisa ser pregado com submissão à própria Bíblia e é a própria Bíblia o critério usado como teste de todo sermão através de comparações.
Vantagens da pregação expositiva.
O texto diz que a pregação expositiva tem muitas vantagens sobre a pregação textual como segue: 1 – o pregador fica limitado ao texto. 2- exige integridade, pois o próprio texto confronta o pregador. 3 – ela identifica as ciladas textuais que devem ser evitadas. 4- ela dá segurança ao pregar. Além disso, a pregação expositiva faz a Bíblia ser apresentada na igreja e os ouvintes ficam seguros quanto à pregação, tendo a convicção de que estão estudando a Bíblia. Por fim, a igreja torna-se crítica, pois tem como avaliar a mensagem falada da mensagem escrita na Bíblia.

2 – Fundamentos históricos.
Cosmovisão bíblica
Este ponto ressalta que Deus é quem está no controle do mundo, pois Deus atua na história, mas não exclui a liberdade e a iniciativa do homem.
Confiança na fidedignidade.
Ao aproximar dos documentos históricos, os eruditos não fazem com dúvida, mas com “atitude positiva.” Esta parte do capítulo, afirma que o texto bíblico do Velho Testamento, que foi escrito pelos judeus, povo de extremo zelo o que gera ainda mais confiança a verdade dos escritos bíblicos. Sobre o Novo Testamento, existem registrados seis argumentos fortíssimos em defesa da exatidão, são eles: existência de testemunhas, existência de centro responsável em Jerusalém, a grande atenção que os escritores mantiveram com as tradições, a fidelidade da igreja na transmissão de declarações difíceis de Jesus como Marcos 10.18, 13.32 e a habilidade de lembrar as tradições numa sociedade oral. Há boas razões para se aproximar do texto das escrituras não com dúvida, mas com convicção em sua veracidade e fidelidade. 


3 – Interpretação literária.
Cânon como norma.
É preferível escolher o cânon como contexto, pois somente ele é normativo. Afinal, tendo o cânon como base, tem-se claramente a marca inicial da exegese como também a marca final. E estar “preocupado em compreender a natureza da forma teológica do texto”, só é possível com a aproximação com o cânon. Isto não é possível com uma “unidade literária original ou estética”.
Aproximação canônica e a pregação.
É relevante a aproximação canônica para o pregador. A proposta é que a homilética deve ser submissa ao cânon, assim, coforme destaque em capítulo anterior, a congregação não terá a impressão que a mensagem é uma divagação ou uma exposição de algum escritor que não seja o bíblico, pois o texto estará diante da comunidade com início, meio e fim. Assim, o cânon é a garantia de que o material reunido para pregação é a Palavra de Deus.
4 – Interpretação histórica.
Interpretações de eventos.
O que se encontra na Bíblia, não são histórias, mas história escrita. Aprofundando o pouco mais, o autor afirma que na Bíblia, existem não eventos próprios, mas com a literatura a cerca da história, pois é uma interpretação da história. Os escritores selecionaram os eventos que foram relembrados ou registrados.
Exatidão histórica.
Os documentos bíblicos, não precisam estar à altura dos nossos atuais padrões de história para serem confiáveis. Se existem divergências como a duração de um tempo, isto não implica em afirmar que o essencial deixa de ter valor, pois a mensagem não é prejudicada em absolutamente nada. As divergências que não interferem na mensagem, pode ser por padrão da época ou pela liberdade autoral se sentiram a vontade por apresentar os fatos com as diferenças históricas, o que não interferiu na intenção da mensagem.

5 – interpretação teológica.
A Palavra de Deus.
A Bíblia afirma ser a Palavra de Deus, portanto, a interpretação bíblica precisa ser teológica, para que a evidencia da autoria divina da Bíblia seja respeitada. A hermenêutica deve considerar a Bíblia como a Palavra de Deus que é falada por meio de pessoas, ou seja, os escritores bíblicos.
Autor ou redator.
A obra diz ser complicada a questão do autor pelo fato de acreditar que alguns livros são obras de um redator. Mas hoje, percebe-se que embora sejam redatores, eram redatores criativos. Outro fato complicador, é que se conhece muito pouco a respeito de muitos autores bíblicos, mas isto não é tão relevante, pois o que é de fato importante é o que ele escreveu, mesmo que o significado para o próprio autor, não seja tão claro.
6 – pregação textual-temática.
As necessidades da Igreja.
Quanto à escolha do texto, deve-se considerar que a pregação visa edificar a igreja, sendo assim, a escolha do texto deve observar isto. Pode observar o calendário litúrgico, escolher para sanar uma necessidade específica da comunidade. Tudo isto, após uma observação precisa para acertar de fato o problema e combatê-lo. Existe o perigo de distorcer o texto, depois de observada a necessidade da igreja, mas se não escolher o texto com base na necessidade do povo, o erro poderá ser ainda maior.
A preferência do pregador.
O grande perigo é que a faixa de textos e consequentemente de temas tratados, poderá ser muito estreita e limitado. Para isto não acontecer, deve-se selecionar textos abrangendo toda a Bíblia. Mas a obra propõe que ainda que corra este risco, o lado preferencial do autor, não deve ser colocado de lado, pois as pregações em textos que o pregador se identifica, serão pregados com maior naturalidade, convicção e entusiasmo.

7 – a forma do sermão.
Um modelo de forma didática.
A partir de um modelo de James Daane. Este propõe iniciar pelas formas mais simples de estrutura de sermão. A ideia ainda, é que os componentes do sermão, precisam vir do texto e não de outra parte da Bíblia nem tão pouco fora dela. Danne ainda oferece um modelo com base em João 3.16 como segue:
A grandeza do amor de Deus (O amor de Deus é grande).
I – Sua expressão preciosa, II – Seu objeto indigno, III – Seu propósito salvador.
Danne ainda insiste em iniciar, embora não seja uma regra, cada proposição com um pronome possessivo.
Formas textuais.
Craddock, citado pelo autor da obra, defende forma textual usando o argumento que o texto tem uma característica e a mesma deve ser o guia para o sermão. Não se pode pregar um sermão de lamentação sem que isto fique evidente.

8 – A relevância do sermão.
Alegorização.
A obra fala a respeito de uma lacuna histórico-cultural e pensando no desafio de transpor esta lacuna, o autor afirma que o modo inadequado é a alegorização, mesmo sendo esta uma das formas mais antigas de tentativas de transpor a lacuna que perdura ainda nos dias atuais. O grande problema da alegorização é a simplificação de um texto com todo o seu contexto histórico e cultural da época.
Espiritualização.
Outro problema é a tentativa de transpor a lacuna transformando o texto em uma realidade espiritual, assim, fechando os olhos para qualquer realidade histórica e cultural do texto. Este modo de usar o texto parece muito com a alegoria e o autor exemplifica com o texto de José quando o mesmo foi atirado na cova. Fazendo uma aplicação imediata, corre-se o risco de afirmar que a cova se relaciona com a vida hoje, quando se está vivendo um momento ruim. As mesmas falhas apresentadas na alegoria podem ser observadas aqui na espiritualização.

9 – pregando narrativas hebraicas.
Parábolas
As parábolas são uma forma de narrativa que não é histórico e não historicidade não faz diferença para a interpretação. A mensagem é que é relevante neste caso e não se a história contata aconteceu ou não. Pode-se concluir com isto, que algumas narrativas bíblicas alcancem o seu objetivo final sem depender da historicidade.
A importância da historicidade.
O ponto fulcral aqui é que não se deve tratar toda a Bíblia como se fosse parábola, pois seria encarar tudo com muita simplicidade. Quando uma narrativa alega o fato histórico, assim deve ser encarada senão, o texto perde o seu sentido.

10 – Pregando literatura profética.
Uma mensagem de Deus acerca de Deus.
É de concordância entre eruditos bíblicos que os profetas traziam a mensagem de Deus ao povo. Homens que foram chamados por Deus para falar em nome de Deus. Ao observar a própria fala dos profetas, percebemos que eles também afirmavam ser Palavra de Deus quando diziam: “assim diz Yahweh”. Era mensagem de Deus, mas era também mensagem acerca de Deus. A mensagem dizia sobre sua aliança, sua vontade, etc. O profeta bíblico sempre mostrou e enfatizou o caráter teocêntrico de sua mensagem.
Profecias Datadas.
Embora as profecias fossem mirando o futuro, é evidente que primeiramente a mensagem era para os contemporâneos aos profetas. É muito clara a citação de datas muito precisas de modo que não é possível hoje fazer uma leitura sem considerar estas datas.

11 – Pregando os evangelhos.
Características do gênero Evangelho.
Há uma mistura no gênero nos evangelhos, mas vale perceber como que os mesmos caracterizados. Uma das características é o Kerygma. O evangelho tem a ver com a pregação e com a proclamação do evangelho de Deus. A pregação do evangelho que são as boas novas, sendo já esta outra característica do gênero do evangelho que aponta para a terceira característica que é a centralidade de Jesus e do Reino de Deus.
Critérios para historicidade.
O autor cita Ladd que aponta passos para defender a historicidade: 1- “breve período de tempo que aconteceu os eventos e os registros; 2 – o papel das testemunhas oculares na preservação da tradição; 3 – o papel do testemunho apostólico, possuidor de autoridade; e 4 – o papel do Espírito Santo”. Outro ponto importante é quanto o texto combate alguma heresia, pois seria muito estranho, inventar uma heresia para combatê-la falsamente. Outro modo de constatar a historicidade é perceber as semelhanças entre eles.

12 – Pregação nas epístolas.
Epístolas ou Cartas.
A grande questão foi levantada por Adolf Deissmann que propôs que epístola é um documento para ser divulgado, já em relação à carta, é um documento privativo. Assim, as cartas de Paulo deveriam ser lidas como “notas privadas informais”, isto é: a situação se aplicava apenas a comunidade que havia recebido. Mas as cartas não podem ser encaradas como particular, até mesmo as mais particulares como Filemom que é dirigia a igreja na casa de Filemom e em relação a tessalonicenses, Paulo diz para que seja lida a todos os irmãos.
Tratados ou Sermões.
Embora alguns argumentem que certas cartas como Romanos, seja um tratado, o correto é encará-la como carta, pois isto reforça uma leitura precisa, pois é assim a sua natureza. Mas ao observar as cartas de Paulo é fácil perceber que são sermões. Ou seja; são cartas como sermões.

Referência bibliográfica.
GREIDANUS, Sidney. O pregador contemporâneo e o texto antigo. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

ANIME-SE! CORAGEM! Josué 1.1-9


Quando o desânimo nos abate precisamos considerar coisas importantes: A primeira é que o desânimo pode nos destruir e pode exterminar nossos sonhos, nossa fé, nossa comunhão com pessoas e até com Deus. Em casos extremos, corremos o risco de até querer desistir da própria vida. A outra coisa que precisamos saber é que embora o desânimo tome conta de nós e cause grande transtorno em nossa vida, permanecer desanimado é uma escolha nossa. Diante disto, deixo algumas dicas para nós: 1 - Deus incentivou Josué, deixando claro que o desânimo não é algo da vontade dele, ou seja; Deus vai sempre lutar contra o nosso desânimo. Por três vezes, Deus falou para Josué ser forte e corajoso. Esta palavra de Deus a ele é importante, pois sendo ele um líder, fosse medroso e desanimado, todo o povo seria contagiado com o desânimo. Sendo assim; cuidado com o desânimo, pois é algo altamente contagioso e, portanto é transmitido de pessoa para pessoa. 2 - Sem coragem, não chegaremos a lugar algum. Assim, Deus estava afirmando para Josué que se a coragem e o ânimo não fizesse parte de sua vida, de modo algum entrariam na terra de Israel, pois um pequeno rio se torna em um imenso oceano aos olhos dos desanimados. Portanto, qualquer desânimo precisa ser extirpado de nossa vida, seja o desânimo físico causado pela falta de vitamina no organismo (neste caso faz-se necessário uma intervenção médica) ou o desânimo mental. 3 – Ligando com este último, é preciso sempre considerar sobre a necessidade de enchermos o nosso coração de coisas boas. Esperança que Deus irá intervir na causa impossível, esperança de que tudo culminará na vitória.
A palavra final é esta, anime-se e coragem, pois Deus está com você. Esta deve ser a nossa maior esperança!

by Juliano Costa de Souza.

A imagem usada nesta postagem é do link abaixo acessado no dia da postagem:

http://www.fotolog.com/milicia_xapero/87453146/