Neste blog será postado tudo aquilo que tem a ver com uma vida feliz. Família e familiares, amigos e saudades, viagens e despedidas, chegadas e estradas, eu e ela... minha vida e meu Redentor...
Gratidão

terça-feira, 24 de dezembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
no cantinho da casa!: "pela graça sois salvos"
no cantinho da casa!: "pela graça sois salvos": A humanidade em Adão foi sentenciada à morte por causa do pecado e o único caminho para livrar-se desta sentença “é mediante a fé por meio ...
"pela graça sois salvos"
A humanidade em
Adão foi sentenciada à morte por causa do pecado e o único caminho para
livrar-se desta sentença “é mediante a fé por meio de Jesus” (Romanos 5.1). E
não há vontade, esforço ou mesmo uma linda obra por parte do homem que venha ao
menos facilitar isto. Afinal, é “pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de
vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Efésios
2.8-9
Juliano Costa de Souza
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Frases curtas e reflexões demoradas.
Todo nascimento de uma criança é um milagre, mas nenhum se compara ao de Jesus.
Cultuar a Deus é sagrado, cultuar a mim mesmo é pecado.
Se Jesus for apenas um exemplo de vida, você ainda não entendeu nada, porque Jesus é bem mais que isto, é o único Salvador.
Cultuar a Deus é sagrado, cultuar a mim mesmo é pecado.
Se Jesus for apenas um exemplo de vida, você ainda não entendeu nada, porque Jesus é bem mais que isto, é o único Salvador.
A vinda de Cristo ao mundo vai muito além do que um simples marco na humanidade.
O ser humano pecador jamais se tornaria justo apenas seguindo o exemplo de Cristo. É preciso aceitá-lo como o único salvador.
Ninguém deixa de ir ao trabalho por ele ser chato e ninguém deixa de ouvir o chefe por ele ser chato, mas deixa de ir à igreja dizendo que é chato. Por que isto acontece? Igreja não é show e não é um evento que se chama culto com ingresso comprado. Igreja é para adorar e estar em comunhão com pessoas amadas por Cristo. O culto se torna chato quanto você não está interessado em Deus, mas será chato até você precisar dele.
By: Juliano Costa de Souza
domingo, 17 de novembro de 2013
Corrupção.
Corrupção é como colocar uma cadeira sobre o pé de alguém e assentar-se
nela, ver o sofrimento no olhar da pessoa, escutar gemidos de dor e ainda assim
continuar assentado ali.
Juliano Costa de Souza
José (s) do passado, José (s) de hoje.
Duas das cenas mais nobres da história foram protagonizadas
por José (do Egito) e por José (quando noivo de Maria, mãe de Jesus). O
primeiro correu de uma mulher casada, pois era honesto e temente a Deus e o
segundo para não difamar Maria resolveu deixá-la sem alarde.
Dezenas de séculos depois, duas das cenas mais ridículas foram
protagonizadas por José(s). Ambos são políticos brasileiros. O primeiro ergueu
o braço esquerdo e o segundo também. A atitude mais nobre seria abaixar a
cabeça e dizer: eu errei.
Juliano Costa de Souza.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
O Conforto do Conservadorismo. resumo.
“O mero
tradicionalismo é uma coisa que mata”, assim está registrado logo no início do
texto de Parker. A obra busca ainda no início, apresentar uma compreensão do
tema proposto que é “o conforto do conservadorismo”. Iniciando pela expressão
conforto o autor vai dizer que existe o significado das Escrituras com sentido
de fortalecer ou mesmo revigorar as forças. Há ainda o sentido de fazer as
pessoas se sentirem melhores. Este segundo é chamado de conforto almofada, mas
este pode em longo prazo e até mesmo em curto prazo, em vez de fortalecer,
irritar.
Assim, o
autor diz que conservadorismo também tem dois significados: criativo que é
revolucionário e inteligente, já o segundo é turrão, obstinado, cego e está
preso ao passado. Se não conhecer a base do conservadorismo, a compreensão será
errada e concluirá como se fosse um movimento separatista e alienado.
Para o
conservadorismo criativo, a utilização da tradição, não a tem como recurso
final e portanto, como autoridade absoluta, mas é um recurso importante que
auxilia à compreensão das Escrituras.
Um pouco
adiante, o autor trabalha a questão da imposição da tradição. Ele faz uma dura
crítica a este tipo de tradicionalismo o chama de “tradicionalismo tirano”.
Discutindo a
natureza da tradição cristã, o autor volta a lembrar que o tradicionalismo tem
o significado de conservadorismo e ainda lembra que existe a tradição cega e cegadora,
mas existe a tradição sábia e esclarecedora.
É pertinente
lembrar que “a tradição caracteriza as comunidades”: ao dizer isto, autor
lembra que não tem como haver uma comunidade sem suas tradições, pois ninguém
pode dizer que está livre de tradição. Isto não pode ser negado, pois a
tradição da igreja é passada através de pronunciamentos eclesiásticos oficiais,
cânticos, catequese, pregação, ensino, etc. Assim, o problema não são as
tradições e nem se quer é problema ter ou não tradição, o grande problema é se
as nossas tradições estiverem em desacordo com a Bíblia, pois as Escrituras são
o padrão absoluto.
As tradições
existentes hoje iniciaram com atos contemporâneos de “exegese, exposição e
aplicação das verdades bíblicas”. Diante disto, deve-se considerar que as
tradições podem ser parcialmente certas e parcialmente erradas, pois desde o
início da igreja cristã, o pecado já estava presente. Mas a Igreja Católica e a
Ortodoxa dizem que certas partes da tradição são infalíveis, já o
protestantismo nega infalibilidade da tradição e afirma infalível apenas as
Escrituras. Assim, a última palavra é das Escrituras.
Os cristãos
tanto podem se beneficiar como também podem ser vítimas da tradição.
Beneficiados ao ver a atuação de Deus que é fiel nas gerações bem como as
verdades que foram por eles recebidas. Mas é vítima, pois corre o risco de
assimilar tudo como algo bom, mesmo não sendo e nem estado em conformidade com
a Bíblia. Reter tudo, pelo simples fato de ter se tornado tradicional. O que se
deve fazer é questionar a própria tradição para reter de fato o que e certo.
As tradições
seculares se opõem as tradições cristãs. Justamente por esta razão, é que a
igreja precisa sempre se reformar para que a igreja cristã possa manter firme o
ensino da Palavra de Deus. É viver constantemente em uma batalha de tradição em
prol do que é essencial e correto.
Existe uma
vantagem na tradição cristã e os evangélicos deixam de desfrutar desta
vantagem. O autor apresenta então quatro vantagens da tradição cristã: 1 –
Raízes - ao conhecer a tradição cristã, pois pode-se conhecer as raízes e isto
é de suma importância. Conhecer as raízes é apreciar a família da fé que nós
fazemos parte. 2 – Realismo - ao conhecer a tradição, pode-se conhecer a
realidade do passado e isto ajuda-nos hoje. 3 – Recursos - os recursos são
ampliados, pois ganham mais sabedoria vendo do passado. O fato é que cada
época, o foco de análise bíblica é diferente, com isto, pode-se aprofundar em
aspectos pouco refletidos hoje. 4 – Lembretes - quando se conhece a tradição,
recebe-se lembretes históricos importantes. O que foi vivido no passado, pode
nortear a vida hoje para não agir erradamente como foi em alguns casos no
passado.
O autor
agora se dedica em falar do conservadorismo tirano e o mesmo dá o nome deste
bloco de “o abuso da tradição cristã”. Temos aqui, conforme diz o autor, um
diagnóstico do que parece estar errado. O desejo do autor é que cada um faça o
julgamento, sendo assim, ele não está preocupado em apontar o errado, mas o
erro. A obra mostra alguns verdadeiros absurdos que a tirania da tradição pode
gerar, como no caso de nomear somente uma tradução como texto bíblico chegando
ao ponto de acreditar que se o vocábulo for diferente, não é texto bíblico. O
final disto é que esta tradição é uma verdadeira mistura completamente fora de
lógica e acaba gerando homens com grandes poderem em suas mãos. Infelizmente,
estes estão buscando a segurança nas estruturas imutáveis da igreja e não no
relacionamento imutável com Deus através de Cristo.
Caminhando
para o final do texto, Parker trabalha o lado criativo do conservadorismo e a
tradição cristã. Ele diz que é sair do diagnóstico para a cura e se tem por
aliviado neste ponto. O conservadorismo criativo não utiliza da tradição como
autoridade final ou absoluta, mas como recurso importante do Deus providente
para nós. Por isso, as igrejas evangélicas precisam entender isto e usar este
conservadorismo criativo. Para buscar este conservadorismo criativo é preciso:
ter honestidade na auto-crítica, ou seja, fazer um exame crítico na própria
vida. Requer humildade no juízo
particular, lembrar que os reformadores ensinaram o julgamento particular,
mostrando que ninguém pode tomar sua fé de segunda mão, mas estar submisso às
Escrituras a fim de verificar se as coisas são como ensinadas. E ainda a
integridade na ação moral. A Bíblia é o padrão para formar a integridade moral.
PARKER, J.I. O Conforto do Conservadorismo. In
Religião de Poder. Vários autores. São Paulo: Cultura Cristã. 288 pg (p.
231-243)
Cristianismo e Liberalismo. resumo.
A obra ensina que o fundamento cristão não
pode ser negado e o autor aponta o liberalismo com uma nova religião que nega
este fundamento e o objetivo desta obra é apresentar a fé cristã como uma
verdade que não está ultrapassada. O livro inicia levantando a questão: se a
igreja primitiva que continuou e está presente hoje poderia manter-se em
companhia com a ciência em tão grande modernidade? Mas a questão é justamente o
fato de que o liberalismo pode ser criticado e colocado como não cristão. Sendo
assim, a fé conservadora se opõe ao liberalismo para defender o cristianismo
apontando os erros liberais e afirmando a veracidade das Escrituras.
Considerando ainda que a fé conservadora está firmada em uma base sólida. Isto
não é uma resposta às acusações sofridas e tais acusações são: 1) Violação do voto de ordenação; 2) Rejeição
do governo e disciplina da Igreja Presbiteriana; 3) Desconsideração e
desobediência às regras e autoridade legítima da Igreja; 4) Defesa de uma
rebelde afronta contra a legítima autoridade da Igreja; 5) Recusa de cortar
suas relações com a Junta Presbiteriana de Missões Estrangeiras, conforme ordem
expressa do Supremo Concílio; 6) Falta de zelo e fidelidade em manter a paz da
Igreja; 7) Desprezo e rebelião contra seus superiores na Igreja, nos seus legítimos
conselhos, ordens e correções; 8) Quebra de seus votos e juramentos e 9) Recusa
aos seus irmãos no Senhor.
Certamente a perspectiva do autor era muito intensa, pois o mesmo chama
o momento vivido pela religião de um tempo de conflito. Assim, a obra afirma
que “não é o cristianismo do Novo Testamento que está em conflito com a
ciência, mas o suposto cristianismo da Igreja liberal moderna.” (Machen, 2001, p. 19)
A religião cristã tem como base as Escrituras e isto não a torna
alienada e nem tão pouco opositora a ciência, pois a própria religião usa de
recursos científicos como é o caso da história. A obra ainda vai dizer que a
ciência sempre acaba se opondo a fé cristã bem como será opositora ao
liberalismo. O autor do livro levanta uma questão pertinente que é: estaríamos
condenados a vivier para sempre a vida cruel do utilitarismo? O livro responde
que a restauração para este mal foi descoberto na religião cristã.
Com todos estes critérios, Machen conclui que o liberalismo não é nem
científico e nem cristão, mas como já fora mencionado, é puramente outra
religião que não tem uma fé essencialmente histórica. E cabe ainda ressaltar
que há um grande problema do liberalismo tentar unir a ciência moderna ao
cristianismo, fazendo assim uma conciliação. O problema é o abandono da
essência que é a fé no Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A obra apresenta algumas razões que explicam o ponto de vista em definir
o liberalismo teológico como uma religião não cristã.
1. O liberalismo teológico não é cristianismo porque é ilógico. O Novo
Testamento não separa, por exemplo, o fato histórico de Jesus com o fato
sobrenatural como os milagres. O Jesus histórico defendido pelo liberalismo,
não é sobrenatural. 2. O liberalismo moderno não é cristianismo porque exclui a
crença no Deus transcendente e pessoal. Este é de fato um grande problema, pois
a essência do cristianismo aponta para Deus como pessoal e real e o liberalismo
perdeu de vista esta essência cristã. Desta forma, o liberalismo perde de vista
o Deus vivo bem como o homem pecador. 3. O liberalismo teológico não é
cristianismo porque nega o dogma como elemento factual da história.
O autor desenvolve muito bem esta parte do dogma e
um destaque que é feito é quanto ao apóstolo Paulo quando diz:
“Paulo não estava interessado meramente nos princípios éticos de Jesus;
ele não estava interessado simplesmente nos princípios gerais da religião ou da
ética. Pelo contrário, ele estava interessado na obra redentora de Cristo e no
seu efeito sobre nós. Seu principal interesse era a doutrina cristã, e não
apenas nos pressupostos da doutrina cristã, mas no seu cerne. Se o Cristianismo
deve se tornar independente de doutrina, então o “Paulinismo” deve ser
removido da raiz e das ramificações do Cristianismo.” (MACHEN, 2001, p.35)
Quando os fatos são narrados, percebe-se a
história, mas existe o significado e isto é doutrina, portanto, cristianismo é,
inerentemente, a religião do dogma bem como da história.
Em
todo este processo, a Bíblia se apresenta como exclusiva, pois as ideias do
cristianismo podem ser encontradas em outra religião, mas não pode haver
cristianismo em outra religião. Porque o cristianismo depende da narração de um
evento.
Já
foi discorrido sobre a questão da doutrina e vale reiterar. Conforme se vê na
obra, o cristianismo não pode ser
crido independente da doutrina. Mas o texto continua discutindo outras questões
importantíssimas que são: - Deus e o homem. - A Bíblia como elemento chave na
fundamentação da fé cristã. – Cristo. -
Uma vez que exista diferença na mensagem destas duas religiões, a base desta diferença se encontra na interpretação da pessoa de Cristo. Para os cristãos Cristo é o objeto da fé e para o liberal é apenas um exemplo de fé. Desta forma, percebe-se que os cristãos se relacionam religiosamente com Jesus; já os liberais não têm este relacionamento com Ele. A partir de então, o autor faz uma defesa de Jesus como Deus encarnado que não jamais pecou. – Salvação. - Esta é vista pela teologia moderna liberal a partir de um conceito antropológico, já para o cristianismo é ato exclusivamente divino. Sem dúvida que a salvação é pelo ato sacrifical de Cristo Jesus. Os liberais objetam contra a salvação cristã e dizem que esta salvação tem problemas como: A sua dependência histórica, pois eles aplicam a fé nos efeitos obtidos pela cruz, mas não na causa em si. Se o Cristianismo for aceito apenas como uma experiência religiosa não será cristianismo, pois cristianismo é histórico. Outra objeção é a exclusividade da salvação. Somente em Jesus é uma ofensa aos liberais. Assim, seria uma salvação muito estreita e limitada, pois muitos bons morrem sem Jesus. O autor responde dizendo que o problema está no modo como a igreja tem levado este nome. O liberalismo ainda vai dizer que a doutrina cristã da cruz não condiz com o caráter divino, mas a perspectiva de pecado dos liberais está inferiorizada em relação à verdade bíblica. - A igreja. - O conceito cristão de igreja é a unidade do povo mesmo que viva em lugares diferentes. A igreja do liberalismo moderno acredita que a utilidade do no cristianismo é a aplicação das “verdades morais”.
Uma vez que exista diferença na mensagem destas duas religiões, a base desta diferença se encontra na interpretação da pessoa de Cristo. Para os cristãos Cristo é o objeto da fé e para o liberal é apenas um exemplo de fé. Desta forma, percebe-se que os cristãos se relacionam religiosamente com Jesus; já os liberais não têm este relacionamento com Ele. A partir de então, o autor faz uma defesa de Jesus como Deus encarnado que não jamais pecou. – Salvação. - Esta é vista pela teologia moderna liberal a partir de um conceito antropológico, já para o cristianismo é ato exclusivamente divino. Sem dúvida que a salvação é pelo ato sacrifical de Cristo Jesus. Os liberais objetam contra a salvação cristã e dizem que esta salvação tem problemas como: A sua dependência histórica, pois eles aplicam a fé nos efeitos obtidos pela cruz, mas não na causa em si. Se o Cristianismo for aceito apenas como uma experiência religiosa não será cristianismo, pois cristianismo é histórico. Outra objeção é a exclusividade da salvação. Somente em Jesus é uma ofensa aos liberais. Assim, seria uma salvação muito estreita e limitada, pois muitos bons morrem sem Jesus. O autor responde dizendo que o problema está no modo como a igreja tem levado este nome. O liberalismo ainda vai dizer que a doutrina cristã da cruz não condiz com o caráter divino, mas a perspectiva de pecado dos liberais está inferiorizada em relação à verdade bíblica. - A igreja. - O conceito cristão de igreja é a unidade do povo mesmo que viva em lugares diferentes. A igreja do liberalismo moderno acredita que a utilidade do no cristianismo é a aplicação das “verdades morais”.
Machen, J. Gresham. Cristianismo e Liberalismo. São Paulo: Editora Os Puritanos, 2001.
A Tua Palavra é a verdade. resumo.
O livro A
tua Palavra é a verdade tem como base a Palavra de Deus e de modo muito
especial o evangelho de João capítulo 17.
Herminsten
Maia Pereira Costa, o autor do livro, inicia afirmando que o evangelho não é
uma invenção de Jesus, mas o próprio Senhor Jesus é o cumprimento de tudo o que
a Palavra de Deus apresentou. Isto é, cumprimento das profecias do Antigo
Testamento, pois Ele é o evangelho. Logo a seguir, o livro se preocupa em
mostrar quem é Jesus através das Escrituras, mostrando a sua procedência eterna
e a autoridade que Ele recebeu.
Costa apresenta
em sua obra a realidade bíblica sobre Deus, pois ela revela Deus dizendo quem
Ele é. Não apenas isto, o autor vai dizer também que a criação de Deus aponta
para Ele dando testemunho do próprio Deus que é o criador. Este Deus criador é
ainda revelado através do Filho, Jesus Cristo.
A obra agora
se dedica a um tema extremamente relevante, que atinge o atual sistema
religioso brasileiro tão acostumado a desfrutar e criar objetos místicos. A
Bíblia como livro, não tem poder se não for utilizado. Conforme diz a autor, “A
Bíblia fechada não tem poder nenhum, nem mesmo aberta funciona como talismã...
Ela precisa ser lida, meditada e praticada. (COSTA, p.41, 2012). Assim, a
Bíblia produzirá transformação espiritual. Após esta importante consideração, o
livro discorre sobre alguns verbos sinônimos ao verbo guardar. Mas vale
destacar ainda a necessidade de receber a Palavra de Deus, pois rejeitá-la é
rejeitar o próprio Deus. Considerando o Salmo 119.11 onde a expressão guardar
tem o sentido de preservar a mente, o coração, e os nossos atos do pecado.
Uma
expressão profunda e pertinente dentro do ponto “negativamente considerando” é
que usar o nome de Deus não significa relacionamento com Ele, afinal, quanto
mais se conhece, mais profundo é o relacionamento. Embora Deus tenha se
revelado até mesmo pela natureza, a revelação só atinge o ápice em sua Palavra.
Conhecer Deus é ser conhecido por Ele também. É ter intimidade com Deus e com o
seu enviado Jesus Cristo que é o próprio Deus encarnado. Sendo assim, não pode
crer em Deus sem crer em seu enviado e sem crer em Cristo não se tem vida
eterna. O relacionamento do Pai com o Filho é tão intenso que se por um lado,
não tem como crer em um e descrer o outro, não tem como também odiar um sem
odiar o outro. Este capítulo terceiro é encerrado com uma reflexão sobre a
igreja e o seu sofrimento. A igreja que é um corpo chamado para ser instrumento
de transformação e não de acomodação.
O capítulo
quarto inicia com a declaração de Jesus afirmando que a Palavra de Deus é a verdade.
Isto implica em ser clara e pura e não escondida. Hoje a ideia da verdade é
relativa e acredita-se não poder encontrar a verdade absoluta. Esta crença
impossibilita e desestimula a busca da verdade. A Escritura por outro lado, nos
fala de verdade absoluta. Jesus é verdade e ensina sobre uma verdade. Assim, a
Bíblia deve ser usada pelos servos de Deus para que haja crescimento espiritual
baseado na verdade bíblica. Infelizmente, há muitos que distorcem a verdade de
Deus e ensinam mentiras e vivem na mentira. Esta falsa doutrina é ensinada por
pessoas privadas da verdade e grande perigo desta mentira é que ela é
extremamente sedutora. Cabe, portanto, a Igreja, a prática do ensino desta
verdade que é a Bíblia, pois esta é o padrão mais alto da verdade. Esta Palavra
que permanece viva e atuante em nosso meio é a verdade absoluta libertadora.
Destaca-se ainda a liberdade para servir, para praticar a justiça, para a
santificação e especialmente para vida eterna.
Quanto à
santificação, as palavras de Jesus nos ensina que além de ser imperativa, é uma
ação poderosa de Deus. Não apenas isto, mas também podemos notar que Jesus está
comprometido com a nossa santificação e que por estes, Jesus deu a vida. A
santificação como ato divino quando os seus foram separados, mas também, cabe
destacar que a santificação é algo contínuo que não terá fim enquanto estamos
em vida nesta terra. O grande destaque quanto à santificação é que ela é
extremamente importante na perspectiva bíblica e evidentemente divina. A
seguir, o autor do livro trabalha a questão da oração como sendo guiada pelo
Espírito Santo, sendo a oração, um meio de santificação.
Não se
consegue viver em santidade se não combater aquilo que atrapalha o processo de
santificação. O autor vem dizer da necessidade de combater o pecado. Deus não
pode viver e conviver com o pecado, mas Ele mesmo, em Jesus, perdoa os pecados.
Embora haja uma progressão da santificação, não implica em ser alguém melhor
que o outro, pois todos são dependentes da Graça de Deus. Afinal, por mais
elevada que seja a santidade de um indivíduo ela sempre será inadequada com a
perfeição de Deus.
Costa
comenta o texto bíblico afirmando que o cerne da oração de João 17.20 é a
evangelização. A Igreja anuncia para que os elitos ouçam e creiam em Jesus Cristo.
A igreja em ato de culto se manifesta como povo redimido de Deus. A
evangelização é o culto da proclamação ou do testemunho que anuncia a Deus. A
Igreja é o modo ordinário que Deus estabeleceu para anunciar o evangelho da
salvação e esta igreja é identificada e caracterizada pela pregação da Palavra.
Algo interessante que Costa desenvolve é a catolicidade da Igreja. Esta é
católica no sentido correto da expressão, ou seja, universal. Isto não se
limita a uma denominação, mas a todos os crentes servos de Cristo, portanto,
dar esta nomenclatura a uma denominação, é reduzir o termo.
Além de
todos os preciosos pontos destacados pelo livro, apontando verdades profundas,
chegamos à verdade de que a Palavra é que “preserva e regulamenta a unidade da
Igreja”. Este ponto se embasa em João 17.20-23.
A unidade espiritual só é possível através das Escrituras. Ao observar a
oração de Jesus escrita neste texto, poderá perceber que Ele orou em prol da
igreja pedindo a preservação da unidade deste povo. Unidade esta fundamentada
na unidade da Trindade divina. Desta forma, não se trata de uma unidade
artificial, mas embasada na fé de modo natural em sua sobrenaturalidade.
Uma vez
mencionado a expressão do mistério grandioso envolvendo a Trindade, é
pertinente destacar que a trindade faz-nos refletir em três realidades: o Pai é
Deus, o Filho é Deus, o Espírito é Deus e os três são um só Deus. Esta doutrina
exige de nós, antes de tudo, submissão à verdade das Escrituras.
Quanto à unidade
da Igreja, que também é um mistério, só é possível porque Deus a tornou
possível. Esta unidade não é algo externo, conforme propõe de modo muito
assertivo o autor quando diz: a unidade não é um “simples companheirismo
social”, “uniformidade de organização”, “uniformidade de vida” e nem tão pouco
“existe em detrimento da verdade”. Este último é muito preciso, pois em nome de
uma pseudo unidade valeria a mentira? É claro que não, pois esta não vem do
Espírito. Não é cabível sustentar uma unidade que não está de conformidade com
a verdade Bíblica. Por outro lado, a unidade é “produzida pelo Espírito” e esta
não exclui a diversidade do corpo. A unidade “é em Cristo”, pois foi Jesus quem
se ofereceu para garantir a unidade da Igreja. “É uma unidade essencial”, ou
seja, não é qualquer um que vai viver unido, mas aqueles que nasceram de novo.
Por fim, “é uma unidade de propósito” e este propósito é glorificar a Deus.
Ainda que não seja unida nas coisas visíveis ou nas questões organizacional,
está unida na glorificação do Deus desta igreja. Desta forma, a Igreja viverá a
unidade em todos os pontos essenciais da vida cristã.
Após
perceber claramente o que o autor diz sobre unidade da igreja, chegamos às
últimas páginas e a preocupação é quanto ao aprendizado e desenvolvimento da
comunidade de fé dentro desta unidade. É necessário haver uma unidade de
serviço e para isto, deve-se investir no aperfeiçoamento dos santos. Existem os
dons e os talentos e dentro desta variedade e diversidade, trabalhar em
benefício da unidade de serviço e do desenvolvimento do corpo de Cristo que é a
Igreja, afinal, somos responsáveis também pela manutenção desta unidade. Assim,
tudo que não estiver em conformidade com a verdade, precisa ser corrigido em
prol da unidade, mas lembrando de que tudo isto vem do Espírito Santo de Deus.
Além de toda esta profunda verdade e necessidade, pela unidade da Igreja, o
evangelho de Cristo e a unidade
divina é anunciado e proclamado.
COSTA, Hermisnten Maia Pereira. A tua palavra é a verdade. Brasília: Editora Monergismo, 2012.
O Diário de Simonton, resumo.
O
Diário de Simonton inicia relatando a aborrecida viagem para Baltimores em 5 de
novembro de 1852. Nesta cidade, se sentia um estranho. Viu conhecidos de
Princeton e ficou satisfeito com tudo que viu na cidade.
Embarcou
já tarde e logo escureceu em uma noite agradável. Simonton ficou por um grande
tempo no convés e ali encontrou uma ótima hora de meditação. Dormiu e acordou
com o sol já nascendo e tudo era muito lindo.
Chegaram
a cidade Norfolk e se encontrou com o pastor presbiteriano Gerge W. Armstrong,
ali fez um mapa da cidade a fim de desenvolver bem o seu trabalho.
Com
a finalidade de fechar assinaturas para periódicos presbiterianos, visitou as
casas dos membros da igreja, mas encontrou várias dificuldades em fechar
negócios. A seguir Simonton mostra como era a vida e como era a cidade que ele
diz já conhecer bem.
Descobriu
logo a seguir que o jornal bem como a revista que ele procurava vender, não
tinha como circular ali naquela cidade.
Desconfortado
e incomodado, viajou em um vagão de trem. Viagem de 11 horas passando por uma
paisagem pouco atrativa de pinheiros.
Chegou
a Raleigh e a conheceu de ponta a ponta. Nesta cidade, recebeu o convite para
ser professor, mas preferiu recusar.
Fez
uma longa viagem, mas a companhia era agradável. Cruzou toda Carolina do norte que
era um estado muito atrasado e com pouca população e a descrição que se pode
fazer deste estado ao observá-lo do alto é: pinheiros.
Em
um domingo, no dia 14 de novembro de 1852, pode conhecer uma igreja em
Fayetteville. A Igreja era grande e forte.
Simonton
disse que ficou um tempo sem escrever no diário e disse que a razão é simples,
preferiu ficar em companhia das jovens na casa do sr. Gilchrist. Havia ido e
viu uma mulher casada pregar e achou isto uma novidade.
Após
isto Simonton viaja das 23 horas até ás 16 horas do dia seguinte até a cidade
de Cheraw que era um bonito lugar. Ali, ficou hospedado na casa de um amigo de
seminário chamado John T. Coil.
Saiu
deste lugar e no meio da mata, encontrou uma ferrovia com o trem esperando os
passageiros. Era um lugar estranho para um trem ficar esperando. Para o passageiro
tomar o trem, bastava ficar no meio da linha com uma tocha de fogo que o
maquinista parava para o passageiro subir, mas alguns garotos, por molecagem,
faziam fogos para o trem parar a toa. Chegou ao entroncamento às 8 da manhã
para esperar até ás 14 horas o trem que ia para Colúmbia.
Na
região sul do país, Simonton relata que a impressão era estranha, pois o povo
achava que por ser ele do norte, era um abolicionista. Simonton deixa então
Winsboro e segue com atrasos para Colúmbia que era uma cidade bonita com pouco
comércio.
A
cidade estava cheia e não havia hotéis, mas encontrou pouso em uma pensão
agradável. No dia seguinte, foi trabalhar como agente, mas não conseguiu
assinantes.
De
lá partiu para Augusta que tinha em sua economia a força do algodão.
Em
Decatur conheceu um homem que disse que seria uma boa oportunidade abrir uma
escola naquela cidade e lá recebeu uma carta pedindo que viajasse para
Cartersville.
Simonton
teve boa impressão da Georgia e disse que lá encontrou moças bonitas.
Cartersville
não passava de um lugar muito pequeno com poucas casas margeando a estrada de
ferro. Simonton realmente não estava decidido a ir para aquele lugar para ser
professor, pois era um lugar deplorável. No mesmo dia voltou para Atlanta.
O
dinheiro a esta altura era curto, mas ainda assim, decidiu ir para o Alabama
passando primeiro por La Grange. Iniciaram a viagem a pé desejando dormir em alguma
fazenda tudo isto para economizar. Dormiu em uma casa de um casal bastante rude
e estranho e seguiram viagem sempre procurando um bom lugar para dar aula.
Nestas
viagens viu comerciantes de escravos negros sendo levados para o oeste.
Em
La Grange, encontrou uma boa escola feminina e recebeu a informação que no
Mississipi era o melhor local de trabalho para professor. Foi Simonton então
para West Point. Após sete horas de viagem, chega a Montgomery, logo foram para
Marion, mas nada conseguiu como professor.
Após
ter deixado Aberdeen, com um pouco de dinheiro emprestado foi em uma viagem
cansativa com muitas surpresas até chegar na casa do sr. Morrow e sua senhora.
No dia seguinte partiu para Starkville no Mississipi.
Ali
ficou por um longo período como professor e como relata Simonton, dias dos mais
felizes de sua vida. Foi feliz na escolha, embora tenha encontrado bondade em
outro lugar, entendeu estar no lugar providenciado por Deus, pois ali havia
comunhão de pensamento e sentimento ao lado de bons amigos, tudo isto, em
detrimento das incertezas no início como professor neste local.
Chama
a atenção o método empregado por Simonton em incentivar o aluno a aprender com
uma competição tentando não ter marcas pretas por cada erro. Neste primeiro
ano, Simonton aproveitou um período de férias de uma semana para caçar, ler e
visitar garotas.
Em
um acampamento, Simonton fez muitas amizades e pode ouvir algumas mensagens
bíblicas, embora somente uma delas, ministrada pelo bispo Payne foi boa. Além
disto, Simonton tece comentários sobre política e suas atividades sociais como
ir a um casamento.
Conversando
com um homem irlandês chamado Organ, ouviu o quanto os escravos sofriam e eram
surrados em suas costas. Escravidão que para Simonton era de fato um pecado.
Simonton
também relata sobre uma namorada do Mississipi. Eles estiveram juntos dois
meses e foi um tempo que passou rápido e foram dias muito agradáveis. O namoro
com a senhorita Cattie terminou por força de seu pai que tinha preconceito com
o povo do Norte.
No
dia sete de setembro, dispensou os alunos para ir ao casamento de Bob
Montegomery. Presenciou ali discussões sobre
o batismo de escravos e Joe concluiu que deveria o cristão batizar os filhos de
escravos sendo responsáveis por eles.
Em
conversa com Jamie, Simonton externa em seu diário o desejo de permanecer
naquela região do sul. Simonton comenta que no casamento as pessoas beberam a
vontade e ainda relata que ficou muito feliz em receber uma carta de sua mãe.
Em
outubro de 1853, Simonton escreve que deseja deixar Starkville e pensava abrir
uma escola em cidade maior e já fazia quase um ano que havia saído de casa.
A
esta altura, o partido Democrata havia ganhado a eleição com muita folga e
chegando o último dia de novembro, Simonton entendia que deveria partir, mas
seu coração se sentia incomodado pelos laços que fizera com os alunos. Mas com
o empenho dos curadores da escola, Simonton acabou decidindo ficar mais um
tempo.
Dezembro
deste ano, Simonton visita pessoas e relata como aproveitou seu período de
férias.
O
ano seguinte inicia e Simonton vai presenciar um negocio de escravos e faz
duras críticas em seu diário contra a escravidão. Simonton relata inclusive os
valores que os negros foram vendidos e como era a reação de alguns deles.
O
novo semestre de aula inicia e Simonton se alegra com isto e conta com 16
alunos e passou a dar aulas de álgebra e grego e em 20 de janeiro de 1854,
chega a maior idade.
Em
fevereiro daquele ano, nasceu uma criança filho do Dr. Carothers que recebeu o
prenome Green em homenagem a Simonton.
Simonton
ainda relata que deu umas varadas em dois alunos que em seu ponto de vista,
mereciam. Os pais da criança ficaram bravos e queriam bater em Simonton, mas
não fizeram, pois amigos de Simonton estiveram ao seu lado, bem como os
curadores da escola. Após isto, resolve voltar para casa no final do semestre.
Retorna para casa e não dá certeza que voltaria a ser professor naquela escola.
E após dois anos longe de casa, retorna para o lar e lá aproveita para escrever
em seu diário, várias histórias vividas.
Em
casa tem boas notícias de Princeton e aproveita para ler e teve momentos com
todos os familiares.
Em
outubro de 1854, começou a trabalhar em um escritório como escrivão. Teve
algumas dificuldades logo no primeiro dia. Passou a estudar a manhã toda e no
trabalho estava presente todas as tardes e por isso recebia em torno de 4
dólares por semana. Era pouco, mas estava feliz por aprender a profissão.
Estudava alemão e direito e passou a se esforçar por levantar todos os dias bem
cedo a fim de estudar.
No
fim de dezembro de 1854, Simonton entende que o homem é um ser religioso e
refletia sobre as diferenças católicas e protestantes e em 20 de janeiro de
1855, completa 22 anos. A dedicação com estudos de direito continuava e em
março deste ano, Simonton relata que passou a ter grande interesse religioso e
uma das noites ficou após a reunião ao lado de mais umas vinte pessoas.
Entendia que era um passo importante.
Simonton
declara que em Princeton foi grandemente motivado e interessado nos aspectos
religiosos, mas isto esfriou e agora naquelas reuniões, havia voltado o
interesse. Simonton decide então servir a Deus. Não era nada muito encorajador,
senão o fato de confiar na Palavra de Deus e em suas promessas, mas Simonton
ainda não havia achado Cristo, embora a sua Palavra declare estar ele perto.
No
dia 3 de maio de 1855, Simonton é examindado para fazer sua profissão de fé e
no domingo dia 6, isto acontece. Ele encara isto com muita seriedade. Ele disse
que fez aliança com Deus para ser dele no tempo e na eternidade. Estava de
baixo da livre e imerecida Graça de Deus.
Em
Junho desse mesmo ano, vai para o seminário de Princeton. Foi um momento singular.
Em
Princeton, havia um quarto desagradável, pois era escuro, úmido e vazio e por
isso gerava tristeza. Mas sobre os estudos, Simonton não encontra dificuldades.
Em 14 de outubro de 1855, ouve um sermão do Dr. Hodge e Simonton fica muito
interessado na obra missionário no exterior.
A
partir de então, Simonton passa a ter muitos contatos com vários tipos de
informações missionária e do
desenvolvimento missionário.
Encerrado
o semestre, Simonton se inscreve para ser colportor em Iowa. Foi um tempo de
muitas viagens cansativas a cavalo e também de barco.
Após
quatro meses, o novo semestre inicia e a ideia de trabalhar como missionário
permanece no coração dele por mais de um ano e no dia 25 de novembro de 1858
envia carta à junta de missões apresentado seu desejo e cita o Brasil como
campo de seu interesse. Foi então nomeado missionário.
Às
9 horas e 30 minutos do dia 18 de Junho de 1959, Simonton parte rumo ao Brasil
deixando os seus queridos em terra firme.
A
viagem transcorre em paz. Ele lê, conversa, observa e troca até conversas
íntimas com os trabalhadores do navio ouvindo relatos familiares. O hemisfério
norte fica para trás no dia 28 de julho do mesmo ano. A viagem foi longa e uma
simples e pequena ilha no percurso, serviu de grande admiração para Simonton que
há 36 dias não via terra. Era a ilha de Fernando de Noronha. Fez a viagem sem
ansiedade para chegar, leu bastante incluindo a metade da obra de Shakespeare.
Em
uma noite escura daquela viagem, quase que foram destruídos por outro navio que
surgiu inesperadamente, mas passou perto. Simonton aproveitava para estudar a
Bíblia com as pessoas do navio e por iniciativa própria, até os marinheiros
participavam. No dia 9 de Agosto, uma quinta feira, Simonton via o Pão de
Açúcar, mas o vento estava parado. No dia 12 de Agosto, ainda bem cedo, o navio
fazia manobras para entrar no porto. A imagem era linda daquele lugar.
Neste
mesmo dia, às 14horas e 15 minutos, está junto à escrivaninha de Robert C.
Weight com cartas de apresentação. Às 17 horas jantou e conheceu outras
pessoas, como a sra Scott, esposa do cônsul.
Simonton
relata que no domingo, dirigiu seu primeiro culto aos que estavam a bordo e
todo povo o ouviu com atenção.
Simonton
relata como foi a comemoração do dia da independência do Brasil e no dia 12 de
setembro realizou o segundo culto a bordo do John Adams e isto continua por um
tempo e sempre estava em busca de oportunidade e lugar para anunciar o
evangelho.
Simonton
recusa batizar uma criança, pois sua mãe acreditava que ir para céu era
possível tentando imitar Cristo.
A
esta altura, uma das grandes lutas de Simonton era aprender o português e havia
tido progresso como relata em 2 de dezembro de 1859.
No
fim de dezembro de 1859, Simonton recebe um bilhete anônimo, mas entende que
havia sido enviado pelo Dr. Kalley. A divergência deles, conforme relato,
termina bem. Simonton o procurou e Kalley reconheceu que havia errado.
Véspera
do Natal, Simonton relata que a luta de aprender o português continuava e no
último dia de 1859, recorda o ano e faz uma retrospectiva positiva de tudo que
estava acontecendo e em 3 de janeiro de 1860, fica feliz de ir morar em uma
casa onde se falava o português. Simonton se alegra também, pois ao completar
27 anos, recebe uma singela homenagem.
Mudou-se
novamente com a expectativa da chegada de Blackford e de sua esposa e as
maiores aflições é a falta dos amigos e parentes além da presença do forte
calor.
Foi
no dia 22 de abril de 1860, que ele realizou uma escola dominical em sua casa,
primeiro trabalho em português. Cartas que recebera anunciavam a chegada mais
breve de Blackford e um dado alarmente é que a febre amarela estava presente e
ouvia relatos de doze a quinze mortes por dia. Outra dificuldade é em relação
ao fundo recebido que era pouco para manutenção da casa.
Blackford
e sua esposa Lille haviam partido dos Estados Unidos, mas a demora fazia
Simonton acreditar que estavam mortos por motivo de algum naufrágio, mas 90
dias após a partida, o navio chegou ao Brasil.
Completara
um ano que Simonton estava no Brasil e não havia feito, a partir de sua ótica,
muitas coisas senão cuidar de seu preparo e em outubro de 1860, as dificuldades
financeiras eram grandes.
Simonton
viaja para São Paulo em janeiro de 1861 e prega lá. As Bíblias que aguardavam
chegar a Santos não chegaram, então viajam para Sorocaba e ali passa o seu 28º
aniversário.
Viaja
até Itapetininga em 22 de janeiro de 1961, depois para Itu onde atualiza
notícias de seu país e na sequência vai para Campinas.
De
volta ao Rio de janeiro, Simonton deu aulas de inglês e português. Tinha o
objetivo de aproximar de pessoas brasileiras a fim de convidá-las para estudos
bíblicos dominicais.
Simonton
relata que realizava cultos aos domingos e às quintas com uma frequência que
não aumentou e se manteve em número de 3 a 20 sendo mais comum de 6 a 10. E
findo o ano, Simonton tem motivos de gratidão por tudo que havia acontecido.
No
dia 12 de Janeiro de 1962, Simonton recebe em profissão de fé as primeiras
pessoas, celebra a ceia e organiza a primeira igreja. Simonton muito se
alegrou. Completa 29 anos em Praia Grande e logo depois viaja para a sua terra
natal.
Os
Estados Unidos enfrentavam em uma crise política e no fim de 1862, Simonton
passa um agradável Natal na casa da família Murdoch.
Simonton
em Janeiro de 1863, substituiu o pastor de uma igreja enquanto vivia a
expectativa de decisão foi quando Helen Murdoch decide ser a noiva de Simonton.
Eles se casaram em uma quinta-feira no dia 19 de março. Cerimônia simples,
linda e marcante. A seguir viajaram para o seminário de Princeton e Helen ficou
muito admirada com tudo que viu.
Embarcaram
para o Brasil no dia 23 de maio de 1963 e a viagem foi agradável.
No
Brasil o trabalho continuava e crescia com maior vigor e Simonton privilegiava
morar próximo de onde trabalhava, pois assim se tornava mais acessível a todos
e facilitava a ida de Helen aos cultos.
Blackford
e sua esposa Lille que era irmã de Simonton, mudam para São Paulo e no Rio de
Janeiro, Simonton continua ao lado de Schneider
Inicia
o ano de 1864 e a guerra nos Estados Unidos continuava e Helen estava grávida e
logo Simonton completa o primeiro ano de casamento e no dia 19 de junho de
1964, Simonton se alegra com o nascimento de sua filha, mas Helen havia sofrido
sobremaneira.
O
relato no diário de Simonton que se segue, foi o do dia 28 de junho quando diz:
“Deus tenha piedade de mim agora, pois águas profundas rolaram sobre mim. Helen
está estendida em seu caixão na salinha de entrada. Deus a levou tão de repente
que ando como quem sonha”. (SIMONTON, 2002, p. 164)
Simonton
vive dias de aflições e o mesmo reconhece estar vivendo dias de solidão lembrando-se
de sua esposa e ainda cuidando do pequeno bebê chamada de Helen que foi
batizada no dia 31 de julho de 1864.
Completava
Simonton 5 anos desde que havia pisado no Brasil pela primeira vez e no dia 26
de novembro, a pequena criança vai morar com a tia em São Paulo.
Simonton
diz que a imprensa evangélica tem gerado muita ansiedade e ele tem se
preocupado a esta altura sobre o modo de como viver no Rio. Mas entregava seu
futuro nas mãos de Deus.
Em
Janeiro de 1865, no dia 11, Simonton escreve:
“Na minha própria vida interior, as mudanças
operadas por esse ano são indescritíveis. Um ano atrás eu tinha casa na Silva
Manuel e nenhum desejo terreno insatisfeito. No meu trabalho e no amoroso
companheirismo da querida Helen, eu tinha tudo o que jamais sonhara de
contentamento profundo e calmo. Conversávamos sobre os nossos, os amigos na
pátria, e dizíamo-nos que não trocaríamos de lugar com nenhum deles. Agora tudo
mudou. Deus misteriosamente tomou meu esteio forte. Eu ainda me pergunto por
que, sem conseguir responder. Oro pedindo sua graça”. (SIMONTON, 2002, p. 170)
No
dia 22 de fevereiro de 1865 viaja para São Paulo, passa por Brotas e no dia 25
de abril encontra sua filha quase andando e muito se alegrou com isto. Outra
boa notícia é que a guerra nos Estados Unidos estava prestes a acabar o que de
fato acontece pouco depois.
No
dia 31 de dezembro de 1866, Simonton registra que havia combinado com o sr.
Conceição que ele preparará uma publicação a defesa de suas razões para
abandonar a igreja romana.
Simonton
tinha muito trabalho e era incansável em sua luta e sempre que podia estava com
sua filha.
E
em sua avaliação do ano de 1866, Simonton faz algumas considerações políticas e
religiosas de âmbito mundial e conclui que não havia feito tão bem quanto
gostaria. Estava incomodado pelo fato das atividades que eram muitas, impedir
muitas vezes de estar em comunhão íntima com Deus.
Referência Bibliográfica.
SIMONTON,
Ashbel Green. O Diário de Simonton.
São Paulo: Editora Cultura Cristã. Tradução de Daisy Ribeiro de Moraes Barros. 2002.
2ª ed.
Assinar:
Postagens (Atom)