Gratidão

Gratidão

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

no cantinho da casa!: "pela graça sois salvos"

no cantinho da casa!: "pela graça sois salvos": A humanidade em Adão foi sentenciada à morte por causa do pecado e o único caminho para livrar-se desta sentença “é mediante a fé por meio ...

"pela graça sois salvos"

A humanidade em Adão foi sentenciada à morte por causa do pecado e o único caminho para livrar-se desta sentença “é mediante a fé por meio de Jesus” (Romanos 5.1). E não há vontade, esforço ou mesmo uma linda obra por parte do homem que venha ao menos facilitar isto. Afinal, é “pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Efésios 2.8-9

Juliano Costa de Souza

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Frases curtas e reflexões demoradas.

Todo nascimento de uma criança é um milagre, mas nenhum se compara ao de Jesus.

Cultuar a Deus é sagrado, cultuar a mim mesmo é pecado.

Se Jesus for apenas um exemplo de vida, você ainda não entendeu nada, porque Jesus é bem mais que isto, é o único Salvador.

A vinda de Cristo ao mundo vai muito além do que um simples marco na humanidade.


O ser humano pecador jamais se tornaria justo apenas seguindo o exemplo de Cristo. É preciso aceitá-lo como o único salvador.


Ninguém deixa de ir ao trabalho por ele ser chato e ninguém deixa de ouvir o chefe por ele ser chato, mas deixa de ir à igreja dizendo que é chato. Por que isto acontece? Igreja não é show e não é um evento que se chama culto com ingresso comprado. Igreja é para adorar e estar em comunhão com pessoas amadas por Cristo. O culto se torna chato quanto você não está interessado em Deus, mas será chato até você precisar dele.

By: Juliano Costa de Souza

domingo, 17 de novembro de 2013

Corrupção.

Corrupção é como colocar uma cadeira sobre o pé de alguém e assentar-se nela, ver o sofrimento no olhar da pessoa, escutar gemidos de dor e ainda assim continuar assentado ali.

Juliano Costa de Souza

José (s) do passado, José (s) de hoje.

Duas das cenas mais nobres da história foram protagonizadas por José (do Egito) e por José (quando noivo de Maria, mãe de Jesus). O primeiro correu de uma mulher casada, pois era honesto e temente a Deus e o segundo para não difamar Maria resolveu deixá-la sem alarde.


Dezenas de séculos depois, duas das cenas mais ridículas foram protagonizadas por José(s). Ambos são políticos brasileiros. O primeiro ergueu o braço esquerdo e o segundo também. A atitude mais nobre seria abaixar a cabeça e dizer: eu errei.

Juliano Costa de Souza.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Conforto do Conservadorismo. resumo.

“O mero tradicionalismo é uma coisa que mata”, assim está registrado logo no início do texto de Parker. A obra busca ainda no início, apresentar uma compreensão do tema proposto que é “o conforto do conservadorismo”. Iniciando pela expressão conforto o autor vai dizer que existe o significado das Escrituras com sentido de fortalecer ou mesmo revigorar as forças. Há ainda o sentido de fazer as pessoas se sentirem melhores. Este segundo é chamado de conforto almofada, mas este pode em longo prazo e até mesmo em curto prazo, em vez de fortalecer, irritar.
Assim, o autor diz que conservadorismo também tem dois significados: criativo que é revolucionário e inteligente, já o segundo é turrão, obstinado, cego e está preso ao passado. Se não conhecer a base do conservadorismo, a compreensão será errada e concluirá como se fosse um movimento separatista e alienado.
Para o conservadorismo criativo, a utilização da tradição, não a tem como recurso final e portanto, como autoridade absoluta, mas é um recurso importante que auxilia à compreensão das Escrituras.
Um pouco adiante, o autor trabalha a questão da imposição da tradição. Ele faz uma dura crítica a este tipo de tradicionalismo o chama de “tradicionalismo tirano”.
Discutindo a natureza da tradição cristã, o autor volta a lembrar que o tradicionalismo tem o significado de conservadorismo e ainda lembra que existe a tradição cega e cegadora, mas existe a tradição sábia e esclarecedora.
É pertinente lembrar que “a tradição caracteriza as comunidades”: ao dizer isto, autor lembra que não tem como haver uma comunidade sem suas tradições, pois ninguém pode dizer que está livre de tradição. Isto não pode ser negado, pois a tradição da igreja é passada através de pronunciamentos eclesiásticos oficiais, cânticos, catequese, pregação, ensino, etc. Assim, o problema não são as tradições e nem se quer é problema ter ou não tradição, o grande problema é se as nossas tradições estiverem em desacordo com a Bíblia, pois as Escrituras são o padrão absoluto.
As tradições existentes hoje iniciaram com atos contemporâneos de “exegese, exposição e aplicação das verdades bíblicas”. Diante disto, deve-se considerar que as tradições podem ser parcialmente certas e parcialmente erradas, pois desde o início da igreja cristã, o pecado já estava presente. Mas a Igreja Católica e a Ortodoxa dizem que certas partes da tradição são infalíveis, já o protestantismo nega infalibilidade da tradição e afirma infalível apenas as Escrituras. Assim, a última palavra é das Escrituras.
Os cristãos tanto podem se beneficiar como também podem ser vítimas da tradição. Beneficiados ao ver a atuação de Deus que é fiel nas gerações bem como as verdades que foram por eles recebidas. Mas é vítima, pois corre o risco de assimilar tudo como algo bom, mesmo não sendo e nem estado em conformidade com a Bíblia. Reter tudo, pelo simples fato de ter se tornado tradicional. O que se deve fazer é questionar a própria tradição para reter de fato o que e certo.
As tradições seculares se opõem as tradições cristãs. Justamente por esta razão, é que a igreja precisa sempre se reformar para que a igreja cristã possa manter firme o ensino da Palavra de Deus. É viver constantemente em uma batalha de tradição em prol do que é essencial e correto.
Existe uma vantagem na tradição cristã e os evangélicos deixam de desfrutar desta vantagem. O autor apresenta então quatro vantagens da tradição cristã: 1 – Raízes - ao conhecer a tradição cristã, pois pode-se conhecer as raízes e isto é de suma importância. Conhecer as raízes é apreciar a família da fé que nós fazemos parte. 2 – Realismo - ao conhecer a tradição, pode-se conhecer a realidade do passado e isto ajuda-nos hoje. 3 – Recursos - os recursos são ampliados, pois ganham mais sabedoria vendo do passado. O fato é que cada época, o foco de análise bíblica é diferente, com isto, pode-se aprofundar em aspectos pouco refletidos hoje. 4 – Lembretes - quando se conhece a tradição, recebe-se lembretes históricos importantes. O que foi vivido no passado, pode nortear a vida hoje para não agir erradamente como foi em alguns casos no passado.
O autor agora se dedica em falar do conservadorismo tirano e o mesmo dá o nome deste bloco de “o abuso da tradição cristã”. Temos aqui, conforme diz o autor, um diagnóstico do que parece estar errado. O desejo do autor é que cada um faça o julgamento, sendo assim, ele não está preocupado em apontar o errado, mas o erro. A obra mostra alguns verdadeiros absurdos que a tirania da tradição pode gerar, como no caso de nomear somente uma tradução como texto bíblico chegando ao ponto de acreditar que se o vocábulo for diferente, não é texto bíblico. O final disto é que esta tradição é uma verdadeira mistura completamente fora de lógica e acaba gerando homens com grandes poderem em suas mãos. Infelizmente, estes estão buscando a segurança nas estruturas imutáveis da igreja e não no relacionamento imutável com Deus através de Cristo.
Caminhando para o final do texto, Parker trabalha o lado criativo do conservadorismo e a tradição cristã. Ele diz que é sair do diagnóstico para a cura e se tem por aliviado neste ponto. O conservadorismo criativo não utiliza da tradição como autoridade final ou absoluta, mas como recurso importante do Deus providente para nós. Por isso, as igrejas evangélicas precisam entender isto e usar este conservadorismo criativo. Para buscar este conservadorismo criativo é preciso: ter honestidade na auto-crítica, ou seja, fazer um exame crítico na própria vida.  Requer humildade no juízo particular, lembrar que os reformadores ensinaram o julgamento particular, mostrando que ninguém pode tomar sua fé de segunda mão, mas estar submisso às Escrituras a fim de verificar se as coisas são como ensinadas. E ainda a integridade na ação moral. A Bíblia é o padrão para formar a integridade moral.


PARKER, J.I. O Conforto do Conservadorismo. In Religião de Poder. Vários autores. São Paulo: Cultura Cristã. 288 pg (p. 231-243)

Cristianismo e Liberalismo. resumo.

A obra ensina que o fundamento cristão não pode ser negado e o autor aponta o liberalismo com uma nova religião que nega este fundamento e o objetivo desta obra é apresentar a fé cristã como uma verdade que não está ultrapassada. O livro inicia levantando a questão: se a igreja primitiva que continuou e está presente hoje poderia manter-se em companhia com a ciência em tão grande modernidade? Mas a questão é justamente o fato de que o liberalismo pode ser criticado e colocado como não cristão. Sendo assim, a fé conservadora se opõe ao liberalismo para defender o cristianismo apontando os erros liberais e afirmando a veracidade das Escrituras. Considerando ainda que a fé conservadora está firmada em uma base sólida. Isto não é uma resposta às acusações sofridas e tais acusações são: 1) Violação do voto de ordenação; 2) Rejeição do governo e disciplina da Igreja Presbiteriana; 3) Desconsideração e desobediência às regras e autoridade legítima da Igreja; 4) Defesa de uma rebelde afronta contra a legítima autoridade da Igreja; 5) Recusa de cortar suas relações com a Junta Presbiteriana de Missões Estrangeiras, conforme ordem expressa do Supremo Concílio; 6) Falta de zelo e fidelidade em manter a paz da Igreja; 7) Desprezo e rebelião contra seus superiores na Igreja, nos seus legítimos conselhos, ordens e correções; 8) Quebra de seus votos e juramentos e 9) Recusa aos seus irmãos no Senhor.

Certamente a perspectiva do autor era muito intensa, pois o mesmo chama o momento vivido pela religião de um tempo de conflito. Assim, a obra afirma que “não é o cristianismo do Novo Testamento que está em conflito com a ciência, mas o suposto cristianismo da Igreja liberal moderna.” (Machen, 2001, p. 19)

A religião cristã tem como base as Escrituras e isto não a torna alienada e nem tão pouco opositora a ciência, pois a própria religião usa de recursos científicos como é o caso da história. A obra ainda vai dizer que a ciência sempre acaba se opondo a fé cristã bem como será opositora ao liberalismo. O autor do livro levanta uma questão pertinente que é: estaríamos condenados a vivier para sempre a vida cruel do utilitarismo? O livro responde que a restauração para este mal foi descoberto na religião cristã.

Com todos estes critérios, Machen conclui que o liberalismo não é nem científico e nem cristão, mas como já fora mencionado, é puramente outra religião que não tem uma fé essencialmente histórica. E cabe ainda ressaltar que há um grande problema do liberalismo tentar unir a ciência moderna ao cristianismo, fazendo assim uma conciliação. O problema é o abandono da essência que é a fé no Senhor e Salvador Jesus Cristo.

A obra apresenta algumas razões que explicam o ponto de vista em definir o liberalismo teológico como uma religião não cristã.

1. O liberalismo teológico não é cristianismo porque é ilógico. O Novo Testamento não separa, por exemplo, o fato histórico de Jesus com o fato sobrenatural como os milagres. O Jesus histórico defendido pelo liberalismo, não é sobrenatural. 2. O liberalismo moderno não é cristianismo porque exclui a crença no Deus transcendente e pessoal. Este é de fato um grande problema, pois a essência do cristianismo aponta para Deus como pessoal e real e o liberalismo perdeu de vista esta essência cristã. Desta forma, o liberalismo perde de vista o Deus vivo bem como o homem pecador. 3. O liberalismo teológico não é cristianismo porque nega o dogma como elemento factual da história.

O autor desenvolve muito bem esta parte do dogma e um destaque que é feito é quanto ao apóstolo Paulo quando diz:

Paulo não estava interessado meramente nos princípios éticos de Jesus; ele não estava interessado simplesmente nos princípios gerais da religião ou da ética. Pelo contrário, ele estava interessado na obra redentora de Cristo e no seu efeito sobre nós. Seu principal interesse era a doutrina cristã, e não apenas nos pressupostos da doutrina cristã, mas no seu cerne. Se o Cristianismo deve se tornar independente de doutrina, então o “Paulinismo” deve ser removido da raiz e das rami­ficações do Cristianismo.” (MACHEN, 2001, p.35)


Quando os fatos são narrados, percebe-se a história, mas existe o significado e isto é doutrina, portanto, cristianismo é, inerentemente, a religião do dogma bem como da história.

Em todo este processo, a Bíblia se apresenta como exclusiva, pois as ideias do cristianismo podem ser encontradas em outra religião, mas não pode haver cristianismo em outra religião. Porque o cristianismo depende da narração de um evento.

Já foi discorrido sobre a questão da doutrina e vale reiterar. Conforme se vê na obra, o cristianismo não pode ser crido independente da doutrina. Mas o texto continua discutindo outras questões importantíssimas que são: - Deus e o homem. - A Bíblia como elemento chave na fundamentação da fé cristã. – Cristo. -
Uma vez que exista diferença na mensagem destas duas religiões, a base desta diferença se encontra na interpretação da pessoa de Cristo. Para os
cristãos Cristo é o objeto da fé e para o liberal é apenas um exemplo de fé. Desta forma, percebe-se que os cristãos se relacionam religiosamente com Jesus; já os liberais não têm este relacionamento com Ele. A partir de então, o autor faz uma defesa de Jesus como Deus encarnado que não jamais pecou. – Salvação. - Esta é vista pela teologia moderna liberal a partir de um conceito antropológico, já para o cristianismo é ato exclusivamente divino. Sem dúvida que a salvação é pelo ato sacrifical de Cristo Jesus. Os liberais objetam contra a salvação cristã e dizem que esta salvação tem problemas como: A sua dependência histórica, pois eles aplicam a fé nos efeitos obtidos pela cruz, mas não na causa em si. Se o Cristianismo for aceito apenas como uma experiência religiosa não será cristianismo, pois cristianismo é histórico. Outra objeção é a exclusividade da salvação. Somente em Jesus é uma ofensa aos liberais. Assim, seria uma salvação muito estreita e limitada, pois muitos bons morrem sem Jesus. O autor responde dizendo que o problema está no modo como a igreja tem levado este nome. O liberalismo ainda vai dizer que a doutrina cristã da cruz não condiz com o caráter divino, mas a perspectiva de pecado dos liberais está inferiorizada em relação à verdade bíblica. - A igreja. - O conceito cristão de igreja é a unidade do povo mesmo que viva em lugares diferentes. A igreja do liberalismo moderno acredita que a utilidade do no cristianismo é a aplicação das “verdades morais”.


Machen, J. Gresham. Cristianismo e Liberalismo. São Paulo: Editora Os Puritanos, 2001.

A Tua Palavra é a verdade. resumo.

O livro A tua Palavra é a verdade tem como base a Palavra de Deus e de modo muito especial o evangelho de João capítulo 17.
Herminsten Maia Pereira Costa, o autor do livro, inicia afirmando que o evangelho não é uma invenção de Jesus, mas o próprio Senhor Jesus é o cumprimento de tudo o que a Palavra de Deus apresentou. Isto é, cumprimento das profecias do Antigo Testamento, pois Ele é o evangelho. Logo a seguir, o livro se preocupa em mostrar quem é Jesus através das Escrituras, mostrando a sua procedência eterna e a autoridade que Ele recebeu.
Costa apresenta em sua obra a realidade bíblica sobre Deus, pois ela revela Deus dizendo quem Ele é. Não apenas isto, o autor vai dizer também que a criação de Deus aponta para Ele dando testemunho do próprio Deus que é o criador. Este Deus criador é ainda revelado através do Filho, Jesus Cristo.
A obra agora se dedica a um tema extremamente relevante, que atinge o atual sistema religioso brasileiro tão acostumado a desfrutar e criar objetos místicos. A Bíblia como livro, não tem poder se não for utilizado. Conforme diz a autor, “A Bíblia fechada não tem poder nenhum, nem mesmo aberta funciona como talismã... Ela precisa ser lida, meditada e praticada. (COSTA, p.41, 2012). Assim, a Bíblia produzirá transformação espiritual. Após esta importante consideração, o livro discorre sobre alguns verbos sinônimos ao verbo guardar. Mas vale destacar ainda a necessidade de receber a Palavra de Deus, pois rejeitá-la é rejeitar o próprio Deus. Considerando o Salmo 119.11 onde a expressão guardar tem o sentido de preservar a mente, o coração, e os nossos atos do pecado.
Uma expressão profunda e pertinente dentro do ponto “negativamente considerando” é que usar o nome de Deus não significa relacionamento com Ele, afinal, quanto mais se conhece, mais profundo é o relacionamento. Embora Deus tenha se revelado até mesmo pela natureza, a revelação só atinge o ápice em sua Palavra. Conhecer Deus é ser conhecido por Ele também. É ter intimidade com Deus e com o seu enviado Jesus Cristo que é o próprio Deus encarnado. Sendo assim, não pode crer em Deus sem crer em seu enviado e sem crer em Cristo não se tem vida eterna. O relacionamento do Pai com o Filho é tão intenso que se por um lado, não tem como crer em um e descrer o outro, não tem como também odiar um sem odiar o outro. Este capítulo terceiro é encerrado com uma reflexão sobre a igreja e o seu sofrimento. A igreja que é um corpo chamado para ser instrumento de transformação e não de acomodação.
O capítulo quarto inicia com a declaração de Jesus afirmando que a Palavra de Deus é a verdade. Isto implica em ser clara e pura e não escondida. Hoje a ideia da verdade é relativa e acredita-se não poder encontrar a verdade absoluta. Esta crença impossibilita e desestimula a busca da verdade. A Escritura por outro lado, nos fala de verdade absoluta. Jesus é verdade e ensina sobre uma verdade. Assim, a Bíblia deve ser usada pelos servos de Deus para que haja crescimento espiritual baseado na verdade bíblica. Infelizmente, há muitos que distorcem a verdade de Deus e ensinam mentiras e vivem na mentira. Esta falsa doutrina é ensinada por pessoas privadas da verdade e grande perigo desta mentira é que ela é extremamente sedutora. Cabe, portanto, a Igreja, a prática do ensino desta verdade que é a Bíblia, pois esta é o padrão mais alto da verdade. Esta Palavra que permanece viva e atuante em nosso meio é a verdade absoluta libertadora. Destaca-se ainda a liberdade para servir, para praticar a justiça, para a santificação e especialmente para vida eterna.
Quanto à santificação, as palavras de Jesus nos ensina que além de ser imperativa, é uma ação poderosa de Deus. Não apenas isto, mas também podemos notar que Jesus está comprometido com a nossa santificação e que por estes, Jesus deu a vida. A santificação como ato divino quando os seus foram separados, mas também, cabe destacar que a santificação é algo contínuo que não terá fim enquanto estamos em vida nesta terra. O grande destaque quanto à santificação é que ela é extremamente importante na perspectiva bíblica e evidentemente divina. A seguir, o autor do livro trabalha a questão da oração como sendo guiada pelo Espírito Santo, sendo a oração, um meio de santificação.
Não se consegue viver em santidade se não combater aquilo que atrapalha o processo de santificação. O autor vem dizer da necessidade de combater o pecado. Deus não pode viver e conviver com o pecado, mas Ele mesmo, em Jesus, perdoa os pecados. Embora haja uma progressão da santificação, não implica em ser alguém melhor que o outro, pois todos são dependentes da Graça de Deus. Afinal, por mais elevada que seja a santidade de um indivíduo ela sempre será inadequada com a perfeição de Deus.
Costa comenta o texto bíblico afirmando que o cerne da oração de João 17.20 é a evangelização. A Igreja anuncia para que os elitos ouçam e creiam em Jesus Cristo. A igreja em ato de culto se manifesta como povo redimido de Deus. A evangelização é o culto da proclamação ou do testemunho que anuncia a Deus. A Igreja é o modo ordinário que Deus estabeleceu para anunciar o evangelho da salvação e esta igreja é identificada e caracterizada pela pregação da Palavra. Algo interessante que Costa desenvolve é a catolicidade da Igreja. Esta é católica no sentido correto da expressão, ou seja, universal. Isto não se limita a uma denominação, mas a todos os crentes servos de Cristo, portanto, dar esta nomenclatura a uma denominação, é reduzir o termo.
Além de todos os preciosos pontos destacados pelo livro, apontando verdades profundas, chegamos à verdade de que a Palavra é que “preserva e regulamenta a unidade da Igreja”. Este ponto se embasa em João 17.20-23.  A unidade espiritual só é possível através das Escrituras. Ao observar a oração de Jesus escrita neste texto, poderá perceber que Ele orou em prol da igreja pedindo a preservação da unidade deste povo. Unidade esta fundamentada na unidade da Trindade divina. Desta forma, não se trata de uma unidade artificial, mas embasada na fé de modo natural em sua sobrenaturalidade.
Uma vez mencionado a expressão do mistério grandioso envolvendo a Trindade, é pertinente destacar que a trindade faz-nos refletir em três realidades: o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito é Deus e os três são um só Deus. Esta doutrina exige de nós, antes de tudo, submissão à verdade das Escrituras.
Quanto à unidade da Igreja, que também é um mistério, só é possível porque Deus a tornou possível. Esta unidade não é algo externo, conforme propõe de modo muito assertivo o autor quando diz: a unidade não é um “simples companheirismo social”, “uniformidade de organização”, “uniformidade de vida” e nem tão pouco “existe em detrimento da verdade”. Este último é muito preciso, pois em nome de uma pseudo unidade valeria a mentira? É claro que não, pois esta não vem do Espírito. Não é cabível sustentar uma unidade que não está de conformidade com a verdade Bíblica. Por outro lado, a unidade é “produzida pelo Espírito” e esta não exclui a diversidade do corpo. A unidade “é em Cristo”, pois foi Jesus quem se ofereceu para garantir a unidade da Igreja. “É uma unidade essencial”, ou seja, não é qualquer um que vai viver unido, mas aqueles que nasceram de novo. Por fim, “é uma unidade de propósito” e este propósito é glorificar a Deus. Ainda que não seja unida nas coisas visíveis ou nas questões organizacional, está unida na glorificação do Deus desta igreja. Desta forma, a Igreja viverá a unidade em todos os pontos essenciais da vida cristã.
Após perceber claramente o que o autor diz sobre unidade da igreja, chegamos às últimas páginas e a preocupação é quanto ao aprendizado e desenvolvimento da comunidade de fé dentro desta unidade. É necessário haver uma unidade de serviço e para isto, deve-se investir no aperfeiçoamento dos santos. Existem os dons e os talentos e dentro desta variedade e diversidade, trabalhar em benefício da unidade de serviço e do desenvolvimento do corpo de Cristo que é a Igreja, afinal, somos responsáveis também pela manutenção desta unidade. Assim, tudo que não estiver em conformidade com a verdade, precisa ser corrigido em prol da unidade, mas lembrando de que tudo isto vem do Espírito Santo de Deus. Além de toda esta profunda verdade e necessidade, pela unidade da Igreja, o evangelho de Cristo e a unidade divina é anunciado e proclamado.



COSTA, Hermisnten Maia Pereira. A tua palavra é a verdade. Brasília: Editora Monergismo, 2012.

O Diário de Simonton, resumo.

O Diário de Simonton inicia relatando a aborrecida viagem para Baltimores em 5 de novembro de 1852. Nesta cidade, se sentia um estranho. Viu conhecidos de Princeton e ficou satisfeito com tudo que viu na cidade.
Embarcou já tarde e logo escureceu em uma noite agradável. Simonton ficou por um grande tempo no convés e ali encontrou uma ótima hora de meditação. Dormiu e acordou com o sol já nascendo e tudo era muito lindo.
Chegaram a cidade Norfolk e se encontrou com o pastor presbiteriano Gerge W. Armstrong, ali fez um mapa da cidade a fim de desenvolver bem o seu trabalho.
Com a finalidade de fechar assinaturas para periódicos presbiterianos, visitou as casas dos membros da igreja, mas encontrou várias dificuldades em fechar negócios. A seguir Simonton mostra como era a vida e como era a cidade que ele diz já conhecer bem.
Descobriu logo a seguir que o jornal bem como a revista que ele procurava vender, não tinha como circular ali naquela cidade.
Desconfortado e incomodado, viajou em um vagão de trem. Viagem de 11 horas passando por uma paisagem pouco atrativa de pinheiros.
Chegou a Raleigh e a conheceu de ponta a ponta. Nesta cidade, recebeu o convite para ser professor, mas preferiu recusar.
Fez uma longa viagem, mas a companhia era agradável. Cruzou toda Carolina do norte que era um estado muito atrasado e com pouca população e a descrição que se pode fazer deste estado ao observá-lo do alto é: pinheiros.
Em um domingo, no dia 14 de novembro de 1852, pode conhecer uma igreja em Fayetteville. A Igreja era grande e forte.
Simonton disse que ficou um tempo sem escrever no diário e disse que a razão é simples, preferiu ficar em companhia das jovens na casa do sr. Gilchrist. Havia ido e viu uma mulher casada pregar e achou isto uma novidade.
Após isto Simonton viaja das 23 horas até ás 16 horas do dia seguinte até a cidade de Cheraw que era um bonito lugar. Ali, ficou hospedado na casa de um amigo de seminário chamado John T. Coil.
Saiu deste lugar e no meio da mata, encontrou uma ferrovia com o trem esperando os passageiros. Era um lugar estranho para um trem ficar esperando. Para o passageiro tomar o trem, bastava ficar no meio da linha com uma tocha de fogo que o maquinista parava para o passageiro subir, mas alguns garotos, por molecagem, faziam fogos para o trem parar a toa. Chegou ao entroncamento às 8 da manhã para esperar até ás 14 horas o trem que ia para Colúmbia.
Na região sul do país, Simonton relata que a impressão era estranha, pois o povo achava que por ser ele do norte, era um abolicionista. Simonton deixa então Winsboro e segue com atrasos para Colúmbia que era uma cidade bonita com pouco comércio.
A cidade estava cheia e não havia hotéis, mas encontrou pouso em uma pensão agradável. No dia seguinte, foi trabalhar como agente, mas não conseguiu assinantes.
De lá partiu para Augusta que tinha em sua economia a força do algodão.
Em Decatur conheceu um homem que disse que seria uma boa oportunidade abrir uma escola naquela cidade e lá recebeu uma carta pedindo que viajasse para Cartersville.
Simonton teve boa impressão da Georgia e disse que lá encontrou moças bonitas.
Cartersville não passava de um lugar muito pequeno com poucas casas margeando a estrada de ferro. Simonton realmente não estava decidido a ir para aquele lugar para ser professor, pois era um lugar deplorável. No mesmo dia voltou para Atlanta.
O dinheiro a esta altura era curto, mas ainda assim, decidiu ir para o Alabama passando primeiro por La Grange. Iniciaram a viagem a pé desejando dormir em alguma fazenda tudo isto para economizar. Dormiu em uma casa de um casal bastante rude e estranho e seguiram viagem sempre procurando um bom lugar para dar aula.
Nestas viagens viu comerciantes de escravos negros sendo levados para o oeste.
Em La Grange, encontrou uma boa escola feminina e recebeu a informação que no Mississipi era o melhor local de trabalho para professor. Foi Simonton então para West Point. Após sete horas de viagem, chega a Montgomery, logo foram para Marion, mas nada conseguiu como professor.
Após ter deixado Aberdeen, com um pouco de dinheiro emprestado foi em uma viagem cansativa com muitas surpresas até chegar na casa do sr. Morrow e sua senhora. No dia seguinte partiu para Starkville no Mississipi.
Ali ficou por um longo período como professor e como relata Simonton, dias dos mais felizes de sua vida. Foi feliz na escolha, embora tenha encontrado bondade em outro lugar, entendeu estar no lugar providenciado por Deus, pois ali havia comunhão de pensamento e sentimento ao lado de bons amigos, tudo isto, em detrimento das incertezas no início como professor neste local.
Chama a atenção o método empregado por Simonton em incentivar o aluno a aprender com uma competição tentando não ter marcas pretas por cada erro. Neste primeiro ano, Simonton aproveitou um período de férias de uma semana para caçar, ler e visitar garotas.
Em um acampamento, Simonton fez muitas amizades e pode ouvir algumas mensagens bíblicas, embora somente uma delas, ministrada pelo bispo Payne foi boa. Além disto, Simonton tece comentários sobre política e suas atividades sociais como ir a um casamento.
Conversando com um homem irlandês chamado Organ, ouviu o quanto os escravos sofriam e eram surrados em suas costas. Escravidão que para Simonton era de fato um pecado.
Simonton também relata sobre uma namorada do Mississipi. Eles estiveram juntos dois meses e foi um tempo que passou rápido e foram dias muito agradáveis. O namoro com a senhorita Cattie terminou por força de seu pai que tinha preconceito com o povo do Norte.
No dia sete de setembro, dispensou os alunos para ir ao casamento de Bob Montegomery.  Presenciou ali discussões sobre o batismo de escravos e Joe concluiu que deveria o cristão batizar os filhos de escravos sendo responsáveis por eles.
Em conversa com Jamie, Simonton externa em seu diário o desejo de permanecer naquela região do sul. Simonton comenta que no casamento as pessoas beberam a vontade e ainda relata que ficou muito feliz em receber uma carta de sua mãe.
Em outubro de 1853, Simonton escreve que deseja deixar Starkville e pensava abrir uma escola em cidade maior e já fazia quase um ano que havia saído de casa.
A esta altura, o partido Democrata havia ganhado a eleição com muita folga e chegando o último dia de novembro, Simonton entendia que deveria partir, mas seu coração se sentia incomodado pelos laços que fizera com os alunos. Mas com o empenho dos curadores da escola, Simonton acabou decidindo ficar mais um tempo.
Dezembro deste ano, Simonton visita pessoas e relata como aproveitou seu período de férias.
O ano seguinte inicia e Simonton vai presenciar um negocio de escravos e faz duras críticas em seu diário contra a escravidão. Simonton relata inclusive os valores que os negros foram vendidos e como era a reação de alguns deles.
O novo semestre de aula inicia e Simonton se alegra com isto e conta com 16 alunos e passou a dar aulas de álgebra e grego e em 20 de janeiro de 1854, chega a maior idade.
Em fevereiro daquele ano, nasceu uma criança filho do Dr. Carothers que recebeu o prenome Green em homenagem a Simonton.
Simonton ainda relata que deu umas varadas em dois alunos que em seu ponto de vista, mereciam. Os pais da criança ficaram bravos e queriam bater em Simonton, mas não fizeram, pois amigos de Simonton estiveram ao seu lado, bem como os curadores da escola. Após isto, resolve voltar para casa no final do semestre. Retorna para casa e não dá certeza que voltaria a ser professor naquela escola. E após dois anos longe de casa, retorna para o lar e lá aproveita para escrever em seu diário, várias histórias vividas.
Em casa tem boas notícias de Princeton e aproveita para ler e teve momentos com todos os familiares.
Em outubro de 1854, começou a trabalhar em um escritório como escrivão. Teve algumas dificuldades logo no primeiro dia. Passou a estudar a manhã toda e no trabalho estava presente todas as tardes e por isso recebia em torno de 4 dólares por semana. Era pouco, mas estava feliz por aprender a profissão. Estudava alemão e direito e passou a se esforçar por levantar todos os dias bem cedo a fim de estudar.
No fim de dezembro de 1854, Simonton entende que o homem é um ser religioso e refletia sobre as diferenças católicas e protestantes e em 20 de janeiro de 1855, completa 22 anos. A dedicação com estudos de direito continuava e em março deste ano, Simonton relata que passou a ter grande interesse religioso e uma das noites ficou após a reunião ao lado de mais umas vinte pessoas. Entendia que era um passo importante.
Simonton declara que em Princeton foi grandemente motivado e interessado nos aspectos religiosos, mas isto esfriou e agora naquelas reuniões, havia voltado o interesse. Simonton decide então servir a Deus. Não era nada muito encorajador, senão o fato de confiar na Palavra de Deus e em suas promessas, mas Simonton ainda não havia achado Cristo, embora a sua Palavra declare estar ele perto.
No dia 3 de maio de 1855, Simonton é examindado para fazer sua profissão de fé e no domingo dia 6, isto acontece. Ele encara isto com muita seriedade. Ele disse que fez aliança com Deus para ser dele no tempo e na eternidade. Estava de baixo da livre e imerecida Graça de Deus.
Em Junho desse mesmo ano, vai para o seminário de Princeton. Foi um momento singular.
Em Princeton, havia um quarto desagradável, pois era escuro, úmido e vazio e por isso gerava tristeza. Mas sobre os estudos, Simonton não encontra dificuldades. Em 14 de outubro de 1855, ouve um sermão do Dr. Hodge e Simonton fica muito interessado na obra missionário no exterior.
A partir de então, Simonton passa a ter muitos contatos com vários tipos de informações missionária  e do desenvolvimento missionário.
Encerrado o semestre, Simonton se inscreve para ser colportor em Iowa. Foi um tempo de muitas viagens cansativas a cavalo e também de barco.
Após quatro meses, o novo semestre inicia e a ideia de trabalhar como missionário permanece no coração dele por mais de um ano e no dia 25 de novembro de 1858 envia carta à junta de missões apresentado seu desejo e cita o Brasil como campo de seu interesse. Foi então nomeado missionário.
Às 9 horas e 30 minutos do dia 18 de Junho de 1959, Simonton parte rumo ao Brasil deixando os seus queridos em terra firme.
A viagem transcorre em paz. Ele lê, conversa, observa e troca até conversas íntimas com os trabalhadores do navio ouvindo relatos familiares. O hemisfério norte fica para trás no dia 28 de julho do mesmo ano. A viagem foi longa e uma simples e pequena ilha no percurso, serviu de grande admiração para Simonton que há 36 dias não via terra. Era a ilha de Fernando de Noronha. Fez a viagem sem ansiedade para chegar, leu bastante incluindo a metade da obra de Shakespeare.
Em uma noite escura daquela viagem, quase que foram destruídos por outro navio que surgiu inesperadamente, mas passou perto. Simonton aproveitava para estudar a Bíblia com as pessoas do navio e por iniciativa própria, até os marinheiros participavam. No dia 9 de Agosto, uma quinta feira, Simonton via o Pão de Açúcar, mas o vento estava parado. No dia 12 de Agosto, ainda bem cedo, o navio fazia manobras para entrar no porto. A imagem era linda daquele lugar.
Neste mesmo dia, às 14horas e 15 minutos, está junto à escrivaninha de Robert C. Weight com cartas de apresentação. Às 17 horas jantou e conheceu outras pessoas, como a sra Scott, esposa do cônsul.
Simonton relata que no domingo, dirigiu seu primeiro culto aos que estavam a bordo e todo povo o ouviu com atenção.
Simonton relata como foi a comemoração do dia da independência do Brasil e no dia 12 de setembro realizou o segundo culto a bordo do John Adams e isto continua por um tempo e sempre estava em busca de oportunidade e lugar para anunciar o evangelho.
Simonton recusa batizar uma criança, pois sua mãe acreditava que ir para céu era possível tentando imitar Cristo.
A esta altura, uma das grandes lutas de Simonton era aprender o português e havia tido progresso como relata em 2 de dezembro de 1859.
No fim de dezembro de 1859, Simonton recebe um bilhete anônimo, mas entende que havia sido enviado pelo Dr. Kalley. A divergência deles, conforme relato, termina bem. Simonton o procurou e Kalley reconheceu que havia errado.
Véspera do Natal, Simonton relata que a luta de aprender o português continuava e no último dia de 1859, recorda o ano e faz uma retrospectiva positiva de tudo que estava acontecendo e em 3 de janeiro de 1860, fica feliz de ir morar em uma casa onde se falava o português. Simonton se alegra também, pois ao completar 27 anos, recebe uma singela homenagem.
Mudou-se novamente com a expectativa da chegada de Blackford e de sua esposa e as maiores aflições é a falta dos amigos e parentes além da presença do forte calor.
Foi no dia 22 de abril de 1860, que ele realizou uma escola dominical em sua casa, primeiro trabalho em português. Cartas que recebera anunciavam a chegada mais breve de Blackford e um dado alarmente é que a febre amarela estava presente e ouvia relatos de doze a quinze mortes por dia. Outra dificuldade é em relação ao fundo recebido que era pouco para manutenção da casa.
Blackford e sua esposa Lille haviam partido dos Estados Unidos, mas a demora fazia Simonton acreditar que estavam mortos por motivo de algum naufrágio, mas 90 dias após a partida, o navio chegou ao Brasil.
Completara um ano que Simonton estava no Brasil e não havia feito, a partir de sua ótica, muitas coisas senão cuidar de seu preparo e em outubro de 1860, as dificuldades financeiras eram grandes.
Simonton viaja para São Paulo em janeiro de 1861 e prega lá. As Bíblias que aguardavam chegar a Santos não chegaram, então viajam para Sorocaba e ali passa o seu 28º aniversário.
Viaja até Itapetininga em 22 de janeiro de 1961, depois para Itu onde atualiza notícias de seu país e na sequência vai para Campinas.
De volta ao Rio de janeiro, Simonton deu aulas de inglês e português. Tinha o objetivo de aproximar de pessoas brasileiras a fim de convidá-las para estudos bíblicos dominicais.
Simonton relata que realizava cultos aos domingos e às quintas com uma frequência que não aumentou e se manteve em número de 3 a 20 sendo mais comum de 6 a 10. E findo o ano, Simonton tem motivos de gratidão por tudo que havia acontecido.
No dia 12 de Janeiro de 1962, Simonton recebe em profissão de fé as primeiras pessoas, celebra a ceia e organiza a primeira igreja. Simonton muito se alegrou. Completa 29 anos em Praia Grande e logo depois viaja para a sua terra natal.
Os Estados Unidos enfrentavam em uma crise política e no fim de 1862, Simonton passa um agradável Natal na casa da família Murdoch.
Simonton em Janeiro de 1863, substituiu o pastor de uma igreja enquanto vivia a expectativa de decisão foi quando Helen Murdoch decide ser a noiva de Simonton. Eles se casaram em uma quinta-feira no dia 19 de março. Cerimônia simples, linda e marcante. A seguir viajaram para o seminário de Princeton e Helen ficou muito admirada com tudo que viu.
Embarcaram para o Brasil no dia 23 de maio de 1963 e a viagem foi agradável.
No Brasil o trabalho continuava e crescia com maior vigor e Simonton privilegiava morar próximo de onde trabalhava, pois assim se tornava mais acessível a todos e facilitava a ida de Helen aos cultos.
Blackford e sua esposa Lille que era irmã de Simonton, mudam para São Paulo e no Rio de Janeiro, Simonton continua ao lado de Schneider
Inicia o ano de 1864 e a guerra nos Estados Unidos continuava e Helen estava grávida e logo Simonton completa o primeiro ano de casamento e no dia 19 de junho de 1964, Simonton se alegra com o nascimento de sua filha, mas Helen havia sofrido sobremaneira.
O relato no diário de Simonton que se segue, foi o do dia 28 de junho quando diz: “Deus tenha piedade de mim agora, pois águas profundas rolaram sobre mim. Helen está estendida em seu caixão na salinha de entrada. Deus a levou tão de repente que ando como quem sonha”. (SIMONTON, 2002, p. 164)
Simonton vive dias de aflições e o mesmo reconhece estar vivendo dias de solidão lembrando-se de sua esposa e ainda cuidando do pequeno bebê chamada de Helen que foi batizada no dia 31 de julho de 1864.
Completava Simonton 5 anos desde que havia pisado no Brasil pela primeira vez e no dia 26 de novembro, a pequena criança vai morar com a tia em São Paulo.
Simonton diz que a imprensa evangélica tem gerado muita ansiedade e ele tem se preocupado a esta altura sobre o modo de como viver no Rio. Mas entregava seu futuro nas mãos de Deus.
Em Janeiro de 1865, no dia 11, Simonton escreve:

“Na minha própria vida interior, as mudanças operadas por esse ano são indescritíveis. Um ano atrás eu tinha casa na Silva Manuel e nenhum desejo terreno insatisfeito. No meu trabalho e no amoroso companheirismo da querida Helen, eu tinha tudo o que jamais sonhara de contentamento profundo e calmo. Conversávamos sobre os nossos, os amigos na pátria, e dizíamo-nos que não trocaríamos de lugar com nenhum deles. Agora tudo mudou. Deus misteriosamente tomou meu esteio forte. Eu ainda me pergunto por que, sem conseguir responder. Oro pedindo sua graça”. (SIMONTON, 2002, p. 170)

No dia 22 de fevereiro de 1865 viaja para São Paulo, passa por Brotas e no dia 25 de abril encontra sua filha quase andando e muito se alegrou com isto. Outra boa notícia é que a guerra nos Estados Unidos estava prestes a acabar o que de fato acontece pouco depois.
No dia 31 de dezembro de 1866, Simonton registra que havia combinado com o sr. Conceição que ele preparará uma publicação a defesa de suas razões para abandonar a igreja romana.
Simonton tinha muito trabalho e era incansável em sua luta e sempre que podia estava com sua filha.
E em sua avaliação do ano de 1866, Simonton faz algumas considerações políticas e religiosas de âmbito mundial e conclui que não havia feito tão bem quanto gostaria. Estava incomodado pelo fato das atividades que eram muitas, impedir muitas vezes de estar em comunhão íntima com Deus.



Referência Bibliográfica.

SIMONTON, Ashbel Green. O Diário de Simonton. São Paulo: Editora Cultura Cristã. Tradução de Daisy Ribeiro de Moraes Barros. 2002. 2ª ed.