Vivemos dias em que o compromisso é falho. A palavra deixou de ter valor, pois ela se tornou relativa. A verdade, de igual modo, não é absoluta, pois é melhor acreditar no que quer e não no que é.
Com tudo isto, a igreja cristã é afetada, pois tem faltado cristão verdadeiramente comprometido. Embora você possa argumentar que é comprometido com algumas coisas que acha importante, cabe ressaltar que o cristão precisa ser comprometido com Jesus. Comprometido com aquele que o nomeia, cristão – precisamos carregar as marcas de Cristo.
Um cristão comprometido com Cristo precisa estar comprometido também com a Igreja de Cristo, mas aqui surge um grande problema, pois sempre ouço: eu estou cansado desta igreja! Eu não concordo com o que está acontecendo! Eu não gosto do que estou vendo aqui! De modo que após isto, a tática usada é a de sair experimentando tantas sugestões que acaba formando nos cristãos uma religiosidade superficial, misturada e doentia.
Assim, uma vez que não mais carregamos as marcas de Cristo e nem criamos uma identidade religiosa consistente, deixamos de lutar e defender a Igreja onde Deus nos colocou para servi-lo.
Creio que isto acontece por duas razões:
1 – Porque as pessoas vivem um cristianismo de interesse.
Se no comércio, nós vamos aonde queremos e tem mais promoções, na igreja não deve ser assim! Eu sou defensor da ideia de “Florescer onde Deus nos plantou”. Mas isto é um grande problema, pois a tônica vivida em dias onde o que fala mais alto é o hedonismo, a fórmula é: eu não quero florescer, eu só quero ter! Eu só quero usufruir! Eu só quero curtir! Eu só quero as bênçãos!
Não foi muito diferente nos dias de Jesus. Ele multiplicou os pães – que ótimo! Concluía a multidão; Então, vamos lá de novo! Enquanto Jesus realizou os milagres, havia uma multidão, mas quando Jesus mostrou os erros da multidão, sobraram poucos.
Cristianismo de interesses, muitos têm sido multidão e não discípulo de Cristo.
2 - Pela mesma razão que faz as pessoas não cumprir a palavra dita, não permanecer casadas, não levar adiante compromissos e pactos.
Nós começamos a frequentar uma igreja, declaramos nosso compromisso com Jesus e com aquela comunidade, nos tornamos membros dela, acumulamos até cargos, mas surgem alguns desgostos...
Infelizmente muitos têm uma atitude errada frente aos desgostos. A decisão de muitos é de sair e procurar outra igreja ou simplesmente e infelizmente, criar a sua própria. Com esta atitude, a pessoa ensina que:
a- ao surgir os desgostos na vida, não enfrente, mude de lugar.
b- declarar compromisso só acontece da boca para fora.
c- embora meu pacto tenha sido verdadeiro, pode ser quebrado com facilidade.
Sendo assim, fico me perguntando, em que lugar vamos parar?
Tudo isto certamente vai nos levar a uma calamidade religiosa ainda maior. Precisamos mudar nosso pensamento e atitude. Precisamos estar conscientes que culto não é show, mas é um momento e lugar de serviço, de adoração e de louvor a Deus. Um culto organizado e bonito para Deus que gosta de organização, um culto sem excentricidade, um culto sem egoísmo, um culto em que a Palavra de Deus e não a nossa será a primazia.
Não podemos mais buscar as promoções de várias igrejas e nem mesmo as igrejas serem irresponsáveis negligenciando o genuíno evangelho. Sejamos compromissados com Deus, mas também com a sua vida, com a sua casa, com a sua igreja. Floresça aí onde Deus te plantou.
Juliano Costa de Souza.
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Desenho de Daniel 5 anos
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