Resenha do primeiro capítulo do livro de David Bosch.
Reflexões sobre o Novo Testamento como documento missionário.
O texto de David Bosch apresenta questões pertinentes no que se refere às missões. Bosch inicia destacando o caráter missionário apresentado no Novo Testamento e com ênfase ao ministério de Jesus. O próprio estímulo para escrita dos evangelhos tem como prioridade o anúncio do próprio Jesus Cristo.
O Novo Testamento está inteiramente ligado ao Antigo Testamento que de igual modo, não perde o caráter missionário. Deus escolhe um povo que mesmo sem ir fazer missão, em si mesmo apresentava Deus, sendo esta a realidade missionária do Antigo Testamento.
Já nos estudos do Novo Testamento, documento que é a autenticidade para o cristão, nota-se que a missão de Jesus era direcionada aos pobres, enfermos, enfim; aos marginalizados, sem esquecer que é uma missão abrangente e, portanto, estende-se aos ricos também. Uma mensagem em forma de convite refletindo uma questão de amor e não uma coerção.
Ressalta-se o Reino de Deus como algo presente e futuro, “o ‘já’ e ‘ainda não’”. Reinado que foi proposto de modo contrário ao mundo da época; inclusão de leprosos e cura no dia de sábado, exemplifica isto. Jesus que relembrou a lei com vigor, mas que em exaltação ao amor a prioridade poderia ser, descumprir a lei.
Um ponto de grande destaque está justamente na parte final do texto, quando Bosch traça um paralelo entre a igreja de Antioquia e Jerusalém. Enquanto Jerusalém estava apegada às tradições e normas sendo uma igreja burocrática e desta forma estava voltada para si, preocupada com aparência eclesiástica e a grandeza local. Antioquia era uma igreja dinâmica, inovadora, aberta às mudanças e a sua visão era para fora, tanto que enviou os mais capacitados líderes para o trabalho missionário fora da igreja.
E ainda, os cristãos da época eram revolucionários para o bem. Eles causavam impacto no mundo apresentando uma mensagem inclusiva através da própria vida de testemunho.
Hoje estamos muito mais preocupados com o nome que temos e a manutenção do mesmo como instituição. Ao contrário disto, temos que amar e por amor sair e com ousadia apresentar o Reino de Deus.
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