Sempre que paramos e olhamos para as pessoas, notamos o
quanto elas correm. Estão sempre apressadas e atrasadas... Confesso que ao
perceber que estou inserido neste contexto de muita pressa, sinto vontade de
reviver um tempo que mesmo tendo sido pouco, marcou minha infância. Um tempo
que hoje ainda ouço falar, mas que realmente ficou lá atrás e o que restou são registros
na memória.
Houve mesmo um tempo que na porta de quase toda casa tinha um
banco ou tronco de madeira e os vizinhos e até amigos vindos de longe
assentados ali, conversavam por um logo período; era como que uma novela, mas os
personagens eram eles mesmos. Os filmes de terror eram causos contados aos
adolescentes pelos mais velhos e sempre eram causos verdadeiros. O telefone era
o neto ou o vizinho que levava e trazia o recado. A notícia ficava atual por
muito tempo, pois não aconteciam muitos eventos para uma nova informação.
Saudade dá: daquele tempo que as pessoas viviam de fato próximas uma das outras
e não existia a palavra virtual.
O mundo mudou rapidamente, mas desconfio que o ser humano,
por mais que goste de tudo que existe hoje, principalmente da tecnologia, carece
de uma pausa. Uma pausa não simplesmente para ver o mundo correr, mas para
buscar meios de usar tudo que temos ao nosso favor. Uma pausa para conversar
com os amigos olhando nos olhos, uma pausa para abraçar a família... Uma pausa
para viver, pois viver é melhor que correr...
Escrevendo isto recordei que precisamos voltar a Bíblia e
notar que ela nos ensina a fazer uma pausa. Uma pausa num dia especial da
semana para observar o que Deus está fazendo, para congregar com pessoas e assim
resgatar um pouco daquele tempo de conversa, de sentar ao lado de pessoas, de
olhar nos olhos e de abraçar uns aos outros e dizer: seja bem vindo em nosso
meio.
By Juliano Costa de Souza
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