A obra ensina que o fundamento cristão não
pode ser negado e o autor aponta o liberalismo com uma nova religião que nega
este fundamento e o objetivo desta obra é apresentar a fé cristã como uma
verdade que não está ultrapassada. O livro inicia levantando a questão: se a
igreja primitiva que continuou e está presente hoje poderia manter-se em
companhia com a ciência em tão grande modernidade? Mas a questão é justamente o
fato de que o liberalismo pode ser criticado e colocado como não cristão. Sendo
assim, a fé conservadora se opõe ao liberalismo para defender o cristianismo
apontando os erros liberais e afirmando a veracidade das Escrituras.
Considerando ainda que a fé conservadora está firmada em uma base sólida. Isto
não é uma resposta às acusações sofridas e tais acusações são: 1) Violação do voto de ordenação; 2) Rejeição
do governo e disciplina da Igreja Presbiteriana; 3) Desconsideração e
desobediência às regras e autoridade legítima da Igreja; 4) Defesa de uma
rebelde afronta contra a legítima autoridade da Igreja; 5) Recusa de cortar
suas relações com a Junta Presbiteriana de Missões Estrangeiras, conforme ordem
expressa do Supremo Concílio; 6) Falta de zelo e fidelidade em manter a paz da
Igreja; 7) Desprezo e rebelião contra seus superiores na Igreja, nos seus legítimos
conselhos, ordens e correções; 8) Quebra de seus votos e juramentos e 9) Recusa
aos seus irmãos no Senhor.
Certamente a perspectiva do autor era muito intensa, pois o mesmo chama
o momento vivido pela religião de um tempo de conflito. Assim, a obra afirma
que “não é o cristianismo do Novo Testamento que está em conflito com a
ciência, mas o suposto cristianismo da Igreja liberal moderna.” (Machen, 2001, p. 19)
A religião cristã tem como base as Escrituras e isto não a torna
alienada e nem tão pouco opositora a ciência, pois a própria religião usa de
recursos científicos como é o caso da história. A obra ainda vai dizer que a
ciência sempre acaba se opondo a fé cristã bem como será opositora ao
liberalismo. O autor do livro levanta uma questão pertinente que é: estaríamos
condenados a vivier para sempre a vida cruel do utilitarismo? O livro responde
que a restauração para este mal foi descoberto na religião cristã.
Com todos estes critérios, Machen conclui que o liberalismo não é nem
científico e nem cristão, mas como já fora mencionado, é puramente outra
religião que não tem uma fé essencialmente histórica. E cabe ainda ressaltar
que há um grande problema do liberalismo tentar unir a ciência moderna ao
cristianismo, fazendo assim uma conciliação. O problema é o abandono da
essência que é a fé no Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A obra apresenta algumas razões que explicam o ponto de vista em definir
o liberalismo teológico como uma religião não cristã.
1. O liberalismo teológico não é cristianismo porque é ilógico. O Novo
Testamento não separa, por exemplo, o fato histórico de Jesus com o fato
sobrenatural como os milagres. O Jesus histórico defendido pelo liberalismo,
não é sobrenatural. 2. O liberalismo moderno não é cristianismo porque exclui a
crença no Deus transcendente e pessoal. Este é de fato um grande problema, pois
a essência do cristianismo aponta para Deus como pessoal e real e o liberalismo
perdeu de vista esta essência cristã. Desta forma, o liberalismo perde de vista
o Deus vivo bem como o homem pecador. 3. O liberalismo teológico não é
cristianismo porque nega o dogma como elemento factual da história.
O autor desenvolve muito bem esta parte do dogma e
um destaque que é feito é quanto ao apóstolo Paulo quando diz:
“Paulo não estava interessado meramente nos princípios éticos de Jesus;
ele não estava interessado simplesmente nos princípios gerais da religião ou da
ética. Pelo contrário, ele estava interessado na obra redentora de Cristo e no
seu efeito sobre nós. Seu principal interesse era a doutrina cristã, e não
apenas nos pressupostos da doutrina cristã, mas no seu cerne. Se o Cristianismo
deve se tornar independente de doutrina, então o “Paulinismo” deve ser
removido da raiz e das ramificações do Cristianismo.” (MACHEN, 2001, p.35)
Quando os fatos são narrados, percebe-se a
história, mas existe o significado e isto é doutrina, portanto, cristianismo é,
inerentemente, a religião do dogma bem como da história.
Em
todo este processo, a Bíblia se apresenta como exclusiva, pois as ideias do
cristianismo podem ser encontradas em outra religião, mas não pode haver
cristianismo em outra religião. Porque o cristianismo depende da narração de um
evento.
Já
foi discorrido sobre a questão da doutrina e vale reiterar. Conforme se vê na
obra, o cristianismo não pode ser
crido independente da doutrina. Mas o texto continua discutindo outras questões
importantíssimas que são: - Deus e o homem. - A Bíblia como elemento chave na
fundamentação da fé cristã. – Cristo. -
Uma vez que exista diferença na mensagem destas duas religiões, a base desta diferença se encontra na interpretação da pessoa de Cristo. Para os cristãos Cristo é o objeto da fé e para o liberal é apenas um exemplo de fé. Desta forma, percebe-se que os cristãos se relacionam religiosamente com Jesus; já os liberais não têm este relacionamento com Ele. A partir de então, o autor faz uma defesa de Jesus como Deus encarnado que não jamais pecou. – Salvação. - Esta é vista pela teologia moderna liberal a partir de um conceito antropológico, já para o cristianismo é ato exclusivamente divino. Sem dúvida que a salvação é pelo ato sacrifical de Cristo Jesus. Os liberais objetam contra a salvação cristã e dizem que esta salvação tem problemas como: A sua dependência histórica, pois eles aplicam a fé nos efeitos obtidos pela cruz, mas não na causa em si. Se o Cristianismo for aceito apenas como uma experiência religiosa não será cristianismo, pois cristianismo é histórico. Outra objeção é a exclusividade da salvação. Somente em Jesus é uma ofensa aos liberais. Assim, seria uma salvação muito estreita e limitada, pois muitos bons morrem sem Jesus. O autor responde dizendo que o problema está no modo como a igreja tem levado este nome. O liberalismo ainda vai dizer que a doutrina cristã da cruz não condiz com o caráter divino, mas a perspectiva de pecado dos liberais está inferiorizada em relação à verdade bíblica. - A igreja. - O conceito cristão de igreja é a unidade do povo mesmo que viva em lugares diferentes. A igreja do liberalismo moderno acredita que a utilidade do no cristianismo é a aplicação das “verdades morais”.
Uma vez que exista diferença na mensagem destas duas religiões, a base desta diferença se encontra na interpretação da pessoa de Cristo. Para os cristãos Cristo é o objeto da fé e para o liberal é apenas um exemplo de fé. Desta forma, percebe-se que os cristãos se relacionam religiosamente com Jesus; já os liberais não têm este relacionamento com Ele. A partir de então, o autor faz uma defesa de Jesus como Deus encarnado que não jamais pecou. – Salvação. - Esta é vista pela teologia moderna liberal a partir de um conceito antropológico, já para o cristianismo é ato exclusivamente divino. Sem dúvida que a salvação é pelo ato sacrifical de Cristo Jesus. Os liberais objetam contra a salvação cristã e dizem que esta salvação tem problemas como: A sua dependência histórica, pois eles aplicam a fé nos efeitos obtidos pela cruz, mas não na causa em si. Se o Cristianismo for aceito apenas como uma experiência religiosa não será cristianismo, pois cristianismo é histórico. Outra objeção é a exclusividade da salvação. Somente em Jesus é uma ofensa aos liberais. Assim, seria uma salvação muito estreita e limitada, pois muitos bons morrem sem Jesus. O autor responde dizendo que o problema está no modo como a igreja tem levado este nome. O liberalismo ainda vai dizer que a doutrina cristã da cruz não condiz com o caráter divino, mas a perspectiva de pecado dos liberais está inferiorizada em relação à verdade bíblica. - A igreja. - O conceito cristão de igreja é a unidade do povo mesmo que viva em lugares diferentes. A igreja do liberalismo moderno acredita que a utilidade do no cristianismo é a aplicação das “verdades morais”.
Machen, J. Gresham. Cristianismo e Liberalismo. São Paulo: Editora Os Puritanos, 2001.
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